Redação Pragmatismo
Política 21/Set/2016 às 15:20 COMENTÁRIOS
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Nomeada por Temer para chefiar AGU diz que "não lembrava" que era tucana

Publicado em 21 Set, 2016 às 15h20

Nova ministra chefe da AGU do governo Temer é filiada ao PSDB há 20 anos, mas diz que não sabia. Grace Maria Fernandes Mendonça entrou para o partido em 1997. Ex-ministro da AGU foi demitido após revelar que o governo estava interferindo para poupar aliados na Lava Jato

ministra AGU psdb tucana

A nova ministra da Advocacia-Geral da União (AGU), Grace Maria Fernandes Mendonça, é filiada ao PSDB desde 30 de abril de 1997, mas diz que não se lembrava que pertencia aos quadros do partido.

A informação foi publicada em primeira mão pela coluna Expresso, do site da revista Época, que mostrou o registro da advogada-geral da União na página do Tribunal Superior Eleitoral.

Grace afirma que nunca participou da vida partidária do PSDB no Distrito Federal e que se surpreendeu ao ver seu nome de solteira na relação dos filiados tucanos.

“A advogada-geral da União afirma que se surpreendeu com este registro, o qual não se recorda de ter feito. Em consulta ao TSE, entretanto, verificou-se a existência da filiação, datada de 1997, em que consta o nome de solteira da ministra: Grace Maria Lima Fernandes”, afirmou em nota enviada por sua assessoria.

“A advogada-geral reitera que jamais participou de atividade partidária por qualquer agremiação. Sua atuação à frente da Advocacia-Geral da União é eminentemente técnico-jurídica e voltada ao exercício de uma advocacia pública de Estado”, acrescentou.

A única ministra nomeada pelo presidente Michel Temer adiantou que vai pedir desfiliação do PSDB. “Diante deste fato, ainda que reconhecendo a importância das legendas no Estado Democrático de Direito, Grace Maria Fernandes Mendonça vai, cordialmente, solicitar sua imediata desfiliação”, completou a assessoria.

Grace assumiu a AGU no último dia 14, no lugar de Fábio Medina, demitido após se desentender com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Medina deixou o cargo acusando integrantes do governo de tentarem interferir nas investigações da Operação Lava Jato para poupar aliados.

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