Nicolas Chernavsky
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Justiça 25/Fev/2016 às 09:41 COMENTÁRIOS
Justiça

A resposta a Moro e o conservadorismo vai ser nas urnas

Nicolas Chernavsky Nicolas Chernavsky
Publicado em 25 Fev, 2016 às 09h41

Somente o voto democrático pode controlar os excessos de todos os poderes, inclusive o Judiciário; se este não consegue controlar o conservadorismo de Moro, o povo o fará nas urnas, em 2016 e 2018, dando ao progressismo brasileiro, em especial ao seu maior partido, o PT, mais uma sequência de vitórias eleitorais

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Nicolas Chernavsky*

Gente, não tem jeito. Só a democracia põe o Estado nos eixos. Agora que o conservadorismo está desesperado, usando o Judiciário pra tentar ganhar no tapetão o que não ganhou nas urnas, são as urnas que têm que resolver a questão. Claro que é importante mostrar que contra o PT o Judiciário está aceitando a palavra de qualquer delação premiada como prova, e que qualquer possibilidade levantada por qualquer procurador ou juiz vira certeza, sendo este o mecanismo clássico do preconceito. Mas só isso não vai adiantar. É preciso responder nas urnas, em 2016 e 2018, dando ao progressismo, seja no PT, no PCdoB, no PSOL ou onde estiver, uma grande vitória eleitoral.

Assim, os meios de comunicação progressistas, especialmente blogs e sites, têm uma função muito mais importante do que parece. Eles são absolutamente necessários à democracia, porque somente se o povo perceber a perseguição judicial a que o PT, Lula e o mandato de Dilma estão sendo submetidos, poderá responder nas urnas ao conservadorismo incrustado no Estado. O povo tem que mostrar nas urnas que os funcionários concursados têm que se subordinar às pessoas democraticamente eleitas. O povo tem que mostrar nas urnas que delação premiada é pra levar a provas, mas nunca pode ser prova, porque senão todo criminoso pode simplesmente inventar uma história incriminando alguém e terá seu crime ignorado (afinal, o que ele diz é “verdade” e merece ser “premiado”…).

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Sérgio Moro marcou o depoimento de Lula para o dia seguinte à manifestação conservadora do dia 13 de março, ou seja, ele marcou o depoimento de Lula para o dia 14 de março. Nada facilitaria mais a organização de uma multidão conservadora para comparecer ao local de depoimento de Lula do que essa grande manifestação conservadora acontecer um dia antes. Não tem jeito: a solução é conhecer a verdade e responder nas urnas. Isso é democracia.

*Nicolas Chernavsky é jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP), editor do CulturaPolítica.info e colaborador do Pragmatismo Político

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