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Corrupção 11/Nov/2015 às 15:50 COMENTÁRIOS
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"Estratégia é segurar Cunha para derrubar Dilma", admite Paulinho da Força

Publicado em 11 Nov, 2015 às 15h50

Manobra permite que Paulinho da Força ocupe uma cadeira no Conselho de Ética para julgar pedido de cassação de Eduardo Cunha. “Minha estratégia é segurar Cunha para derrubar Dilma”, adianta o parlamentar

paulinho da força eduardo cunha
Paulinho da Força (imagem) é um dos principais aliados de Cunha no Congresso Nacional

O deputado Wladimir Costa (SD-PA) apresentou nesta terça-feira (10), sua carta de renúncia como membro titular do Conselho de Ética da Câmara. Alegando motivo de saúde, o parlamentar não julgará o pedido de cassação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB).

De acordo com as regras do Conselho de Ética, os deputados que compõem o colegiado são eleitos e não podem ser substituídos por decisão partidária. A única exceção é quando há renúncia ou morte de um parlamentar. Nesses casos, o partido pode indicar um substituto.

A renúncia, portanto, foi uma manobra para dar lugar ao presidente da legenda, Paulinho da Força (SD-SP), na comissão. Paulinho é aliado fiel Eduardo Cunha e não esconde que se o peemedebista cair “não tem impeachment”.

Paulinho da Força afirma ser estratégica a permanência de Eduardo Cunha na presidência da Câmara: “Nós achamos que ele é a única pessoa que pode iniciar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Minha estratégia é segurar Cunha para derrubar a Dilma”.

A defesa de Eduardo Cunha sustenta que o dinheiro presente nas contas da Suíça é procedente da venda de carne para países da África na década de 80. O deputado chegou a apresentar dois passaportes que mostram 37 carimbos de entrada no continente africano.

O Conselho de Ética deve se reunir no dia 24 de novembro, quando o relator do processo de Cunha, deputado Fausto Pinato (PRB-SP), deverá apresentar um parecer preliminar apontando se o processo deve ou não continuar.

Se aprovado o parecer pela continuidade, a defesa de Cunha terá até dez dias para entregar as suas alegações. O processo pode durar até 90 dias e resultar em absolvição, censura, suspensão ou até cassação do mandato.

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