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Filha de Eduardo Cunha já pediu, no passado, punição a corruptos. E agora?

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Em janeiro, Danielle Dytz exigiu 'punição a criminosos' envolvidos com corrupção. Passados dez meses, seu pai já foi denunciado ao STF e está comprovado que mantinha contas secretas na Suíça. A jovem também é citada como 'parte a ser investigada', já que possuía cartão vinculado a uma das contas de Cunha na Suíça

Danielle Dytz, filha de Eduardo Cunha

Investigada pela Procuradoria Geral da República por por possuir cartão vinculado a uma das contas secretas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), na Suíça, a publicitária Danielle Dytz da Cunha Doctorovich, filha de Cunha, defendeu em seu facebook a “punição aos criminosos”, em post de janeiro.

Passados 10 meses, Cunha já foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e se avolumam delações que implicam o deputado ao esquema de corrupção da Petrobras.

“Campanha suja dá nisso. Agora a vitória é no primeiro turno e punição para os criminosos”, escreveu Danielle Cunha ao compartilhar post do pai, que desmentia qualquer envolvimento com as investigações da Lava Jato.

Cunha estava na reta final da campanha pela presidência da Câmara. A publicitária integrou a equipe que deu suporte a Cunha em suas viagens pelo País, o que depois lhe rendeu a contratação de seus serviços por parte de aliados de Cunha no Congresso Nacional.

Na postagem compartilhada por ela, Eduardo Cunha desmentia qualquer envolvimento com as investigações da Lava Jato, citando uma informação que teria sido repassada pelo doleiro Alberto Youssef, o primeiro a apontar o peemedebista como destinatário final de propinas envolvendo contratos da Petrobras. Pela citação, o doleiro chegou a dizer ‘estar sendo ameaçado’ por ‘um pau mandado de Cunha’ – se referindo ao deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), hoje ministro de Ciência e Tecnologia do governo da presidente Dilma Rousseff.

Nos bastidores, o peemedebista estaria preocupado com o envolvimento da filha e da esposa, a jornalista Cláudia Cordeiro Cruz, nas citações da PGR. Sem foro privilegiado como ele, ambas poderiam correr o risco de prisão por conta das investigações.

Danielle Dytz da Cunha é citada pela PGR como ‘parte a ser investigada’, uma vez que possuía um cartão vinculado a uma das contas do presidente da Câmara na Suíça. Sobre isso não há nenhuma postagem de Danielle Cunha por enquanto.

sacocheio@

Reportagem do jornal O Globo deste sábado (17) mostra que Eduardo Cunha usava o e-mail ‘sacocheio@’ para tratar de assuntos relativos à propinas.

informações de Agência Estado e Brasil Post (Thiago Araújo)

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