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Mãe pede bebê loiro, dá à luz a menina mestiça e processa clínica

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Mulher que processou clínica porque filha nasceu mestiça perde a causa na Justiça, mas poderá recorrer da decisão. Jennifer Cramblett chegou a reclamar que precisava sair da cidade para cortar o cabelo de sua filha e que ela sofreria racismo em uma cidade predominantemente branca

Jennifer Cramblett e a pequena filha (NBC)

Uma americana branca do estado de Ohio abriu um processo em 2014 contra um banco de sêmen por ter enviado amostra de um doador negro por engano.

Na época, Jennifer Cramblett alegou que sua filha de 2 anos, gerada com espermatozoide desse doador, ficaria estigmatizada em sua família e na cidade “intolerante” onde vivem.

Jennifer chegou a reclamar que precisaria sair da cidade com a criança para ter seu cabelo cortado num bairro negro, já que não encontrava serviço adequado ao tipo de cabelo da menina nas imediações de sua residência. Ela disse ainda que pensava que estava recebendo esperma de um homem branco e só descobriu que era de um negro quando já estava grávida.

O processo dizia que a pequena Payton estava sendo alvo de preconceito na cidade de Uniontown, onde 98% da população é branca.

“Estou feliz de ter uma criança saudável, mas não deixarei que eles saiam dessa sem serem responsabilizados”, disse Jennifer, que é homossexual e cria a menina com sua parceira Amanda Zinkon.

O banco de esperma envolvido no caso pediu desculpas e devolveu parte dos gastos que Jennifer e sua parceira tiveram.

O engano

O processo registra que o engano aconteceu quando um funcionário trocou um algarismo do número com que o doador estava cadastrado, fazendo com que a americana recebesse o sêmen errado. Ela descobriu o engano quando ligou para a empresa para pedir mais sêmen para que Amanda também engravidasse, para dar um irmão à primeira filha.

“Eles cometeram o único erro que um banco de sêmen não pode cometer. Isso não é como pedir pizza”, criticou o advogado de Jennifer, que disse que ela precisa de dinheiro suficiente pelo menos para se mudar para uma cidade onde minorias têm melhor aceitação.

Nesta semana, a Justiça deu perda de causa à Jennifer, mas ela poderá recorrer da decisão. As informações são do Washington Post

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