Redação Pragmatismo
Corrupção 14/Jul/2015 às 17:54 COMENTÁRIOS
Corrupção

Carros de luxo de Fernando Collor são apreendidos pela Polícia Federal

Publicado em 14 Jul, 2015 às 17h54

Polícia Federal apreende Porsche, Lamborghini e Ferrari na casa do senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o objetivo é garantir a apreensão de bens adquiridos com supostas práticas criminosas

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Além de Lamborghini e Ferrari [imagens], um Porsche também foi apreendido na casa do senador Fernando Collor (PTB-AL)

A PF apreendeu na manhã desta quarta-feira, na Casa da Dinda, residência do senador Fernando Collor (PTB-AL), carros de luxo — um Porsche, uma Ferrari vermelha e um Lamborghini.

A ação integra a Operação Politéia, que cumpre 53 mandados de busca e apreensão envolvendo pelo menos três senadores, um deputado federal, além do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA) e o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP-SC). Também foram alvo das ações os senadores Ciro Nogueira (PP-PI), Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), além de Collor. O deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), líder do PP na Câmara, também foi alvo das ações.

A operação é a primeira deflagrada no âmbito dos inquéritos abertos em março no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar suposto envolvimento de políticos no esquema de desvios da Petrobras.

SAIBA MAIS: A lista oficial dos políticos envolvidos na Operação Lava Jato

As ações estão sendo realizadas em Brasília e em seis Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Bahia, Santa Catarina e Pernambuco.

Collor se defende

“A defesa do senador Fernando Collor repudia com veemência a aparatosa operação policial realizada nesta data em sua residência. A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos”, disse Collor, em nota publicada no final da manhã.

O senador diz que, por duas vezes se colocou à disposição para ser ouvido pela PF, “sendo que nas duas vezes seu depoimento foi desmarcado na véspera.” “Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar futuras testemunhas.”

Polícia Federal vs. Polícia Legislativa

A busca no imóvel do senador em Brasília foi marcada por um bate-boca entre agentes da Polícia Federal e integrantes da polícia legislativa do Senado. Seis agentes da Polícia Federal deixaram o apartamento funcional ocupado pelo senador por volta das 9h40 levando um malote.

De acordo com o advogado-geral do Senado, Alberto Cascaes, a PF levou um chaveiro para abrir as portas. “Trouxeram o chaveiro, arrombaram a porta, pegaram o que queriam e foram embora sem dar satisfação”, disse o advogado que representa a Casa Legislativa.

Cascaes afirma também que a PF se recusou a apresentar o mandado de busca à polícia legislativa e não deixou ninguém entrar no apartamento.

Para o advogado do Senado, a PF cometeu um erro pois tradicionalmente ações de busca em casas de parlamentares acontecem com participação da polícia legislativa.

com agências

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