Redação Pragmatismo
Protestos 17/Mar/2015 às 15:15 COMENTÁRIOS
Protestos

ONU responde manifestantes que pediram 'basta de Paulo Freire'

Publicado em 17 Mar, 2015 às 15h15

A resposta da ONU aos manifestantes que levaram para o protesto anti-Dilma uma faixa com os dizeres: ‘basta de Paulo Freire'

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Sobrou até para o falecido educador Paulo Freire nas manifestações de domingo (reprodução)

Brasil Post

Em meio a uma coleção de faixas estapafúrdias que ilustraram uma parte dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) neste domingo (15), uma chamou a atenção: “Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire”.

Para quem não sabe, o pernambucano Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro e que possui influência na educação não só no Brasil, mas em todo o mundo, tendo sido homenageado por instituições como Harvard, Cambridge e Oxford. Desde 2012, ele é considerado o Patrono da Educação Brasileira.

Conhecido pela sua ‘pedagogia da libertação’, a qual estava relacionada a uma visão marxista do Terceiro Mundo, Freire foi preso durante a ditadura militar e teve a publicação de algumas de suas obras barrada pelo regime que durou 21 anos (entre 1964 e 1985) no Brasil.

A ONU aproveitou a rejeição de parte dos manifestantes deste domingo às contribuições de Freire para publicar, em sua página do Facebook, uma frase conhecida do educador [imagem abaixo]. E ela elucida bem o que ele dizia com a educação ser “um ato político”.

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No Twitter, outras frases famosas de Freire também apareceram por meio de outras pessoas que não resumem as contribuições dele ao maniqueísmo da esquerda contra a direita, ou do capitalismo contra o comunismo.

“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor – Paulo Freire”, escreveu um internauta.

“A humildade nos ajuda a reconhecer esta coisa óbvia: ninguém sabe tudo, ninguém ignora tudo. Todos sabemos algo: todos ignoramos algo”, lembrou outro.

Paulo Freire morreu em 2 de maio de 1997 aos 75 anos, mas sua obra não foi esquecida, seja por quem o aprecia, seja por quem não o suporta.

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