Redação Pragmatismo
Homofobia 10/Mar/2015 às 10:06 COMENTÁRIOS
Homofobia

Filho de pais gays morre após ser espancado

Publicado em 10 Mar, 2015 às 10h06

Morre jovem de 14 anos que estava em coma desde a semana passada após ser espancado. Peterson de Oliveira foi agredido por ser filho de um casal homossexual

O adolescente de 14 anos que teria sido agredido pelos colegas na semana passada, por ter pais gays, morreu nesta segunda-feira (9), em Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. Ele estava internado em estado grave, após dar entrada no hospital Hospital Regional da Cidade com uma parada cardiorrespiratória, onde também teve uma hemorragia cerebral.

“Eu não sabia que meu filho sofria preconceito por ser filho de um casal homossexual. O delegado que nos informou. Estamos tristes e decidimos divulgar o que aconteceu para que isso não se repita com outras crianças”, disse Márcio Nogueira, um dos pais de Peterson.

Segundo uma prima do adolescente, as agressões ocorreram na manhã de quinta-feira (5). A mulher disse ainda que o menor vinha sendo perseguido por colegas da Escola Estadual Doutor José Eduardo Vieira Raduan e, na data da suposta agressão, eles fizeram um círculo em volta do garoto para dar socos e pontapés nele. Ao fim da agressão, ele foi até a sala de aula, onde quase desmaiou.

No dia da ocorrência, a Secretaria de Educação do Estado informou que não sabia os motivos da internação do adolescente e afirmou que a escola estava à disposição da família e da polícia para prestar esclarecimentos.

A prima do adolescente, entretanto, diz que “a Secretaria está omitindo o caso e só vai assumir quando o delegado bater o martelo”. Apesar de que, segundo ela, um investigador já foi até a escola e confirmou o caso de agressão.

O delegado Eduardo Boiguez Queiroz, da delegacia de Itaquaquecetuba, confirmou que o menino se envolveu em uma briga horas antes de passar mal e precisar ser levado da escola para o hospital.

“Ele brigou com alguns garotos na entrada da escola e passou mal quatro horas depois. Ele brincou, assistiu aula e depois passou mal. Ele já tinha um aneurisma. Não podemos afirmar que ele passou mal por conta da briga”, afirmou.

O pai informou que pretende processar o governo de São Paulo. “Queremos que a justiça seja feita”.

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