Redação Pragmatismo
Saúde 26/Fev/2015 às 20:20 COMENTÁRIOS
Saúde

Menina de 14 anos pede autorização para morrer

Publicado em 26 Fev, 2015 às 20h20

Chilena de 14 anos com doença grave faz apelo a Michelle Bachelet para deixá-la morrer. Valentina Maureira tem 35 kg e um desejo: que a presidente do Chile autorize a aplicação de injeção letal. Eutanásia ou suicídio assistido são proibidos no país

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A menina chilena Valentina Maureira (reprodução/facebook)

Valentina Maureira tem 14 anos, cerca de 35 kg e um desejo: que a deixem morrer.

A adolescente sofre de fibrose cística, uma doença hereditária e degenerativa que afeta seus pulmões, fígado e pâncreas. Ela pediu à presidente do Chile, Michelle Bachelet, que autorize a aplicação de uma injeção letal.

“Peço com urgência para falar com a presidente, porque estou cansada de viver com esta doença e ela pode autorizar a injeção para que eu durma para sempre”, disse ela Valentina em vídeo publicado em seu perfil no Facebook na noite de domingo. A mensagem recebeu milhares de curtidas.

O irmão de Valentina morreu por conta da doença, disse seu pai, Freddy Maureira, para a rádio local Bio Bio.

“Ela já passou por cinco cirurgias… que causaram muita dor e sofrimento para ela”, disse o pai. “Foi prometido que as coisas iam melhorar, mas para ela foi pior.”

O vídeo postado por Valentina surpreendeu a família. “Fiquei em choque. Eu não uso redes sociais, uso um telefone velho e no domingo à noite começaram a me ligar, desde jornalistas a deputados, me contando sobre o vídeo”, disse o pai.

Eutanásia

No Chile, como em muitos países, a eutanásia é ilegal. A Igreja Católica mantém uma forte influência na sociedade e o país é um de muitos que proíbe o aborto sob quaisquer circunstâncias.

A presidente, centro-esquerdista, que está há um ano em seu segundo mandato, introduziu reformas, incluindo um projeto que está sendo debatido no Congresso que poderia mudar a lei do aborto, e que irritou conservadores.

Os planos de Bachelet não mencionaram eutanásia e o governo ainda não comentou sobre o caso de Valentina Maureira.

com Reuters e BBC

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