Redação Pragmatismo
Geral 04/Fev/2015 às 16:29 COMENTÁRIOS
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Graça Foster está fora da Petrobras

Publicado em 04 Fev, 2015 às 16h29

Petrobras anuncia renúncia de Graça Foster e diretores. Nova diretoria será escolhida pelo Conselho de Administração da empresa na próxima sexta-feira

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Graça já havia pedido para sair, mas Dilma insistia em sua permanência. Saída foi negociada ontem em reunião no Planalto (divulgação)

A presidente da Petrobras, Graça Foster, e outros cinco diretores da estatal renunciaram aos seus cargos. O Conselho de Administração da empresa se reunirá na próxima sexta-feira (6) para eleger a nova diretoria. A informação consta de comunicado aos investidores divulgado pela companhia nesta quarta-feira (4) em resposta a uma solicitação da Bovespa. A Bolsa de Valores de São Paulo questionou a Petrobras sobre notícias publicadas ontem que informavam sobre o acerto de um cronograma entre Graça e a presidente Dilma para a substituição de toda a diretoria. Com o noticiário sobre a mudança de comando, as ações da estatal dispararam 15%.

Veja a solicitação de esclarecimentos feita pela Bovespa:

“Solicitamos esclarecimentos, o mais breve possível, considerando o comportamento das ações no pregão de hoje, diante das informações do afastamento da cúpula da Petrobras.”

Abaixo, a resposta da Petrobras:

“Em resposta a esta solicitação, a Petrobras informa que seu Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira, dia 06.02.2015, para eleger nova Diretoria face à renúncia da Presidente e de cinco Diretores”.

Surgem como cotados para substituir Graça Foster o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles e o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim. Pesa contra o governo as denúncias de corrupção que envolvem a estatal.

Pressionada pelas denúncias de envolvimento de ex-dirigentes com o esquema de corrupção e cartel denunciado na Operação Lava Jato, Dilma resistia a demitir Graça, apesar dos pedidos da presidente da estatal para deixar o cargo. Dilma reviu sua posição após ser divulgado que a Petrobras chegou a estimar em R$ 88,6 bilhões, no balanço não auditado, a baixa em seus ativos por causa da corrupção e da ineficiência no planejamento e na execução de projetos. Embora o cálculo fantasioso e equivocado tenha ficado de fora do balanço, a simples remissão ao assunto foi considerada um “tiro no pé” da diretoria.

Ontem, com apoio de parlamentares da base aliada, a oposição conseguiu protocolar o pedido de instalação de nova CPI da Petrobras. O novo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a comissão será instalada.

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