Redação Pragmatismo
Economia 25/Set/2014 às 14:48 COMENTÁRIOS
Economia

New York Times confirma tese de Dilma e desmente Miriam Leitão

Publicado em 25 Set, 2014 às 14h48

Dilma Rousseff e Miriam Leitão divergiram sobre o crescimento da economia da Alemanha durante entrevista ao Bom Dia Brasil. Reportagem do The New York Times publicada nesta quarta-feira reforça que a presidente estava certa

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Entrevista de Dilma Rousseff ao Bom Dia Brasil foi marcado por confrontos com os entrevistadores, principalmente com Miriam Leitão (divulgação)

Reportagem publicada pelo jornal mais importante do mundo, o The New York Times, reforça que a presidente Dilma Rousseff estava correta durante sabatina no Bom Dia Brasil, da TV Globo, na última segunda-feira 22, enquanto a jornalista Miriam Leitão, que contestou os dados da presidente, errada. Veja aqui o confronto entre Dilma e Miriam.

A discordância de números e as interrupções foram fatores frequentes na entrevista de meia hora, exibida na íntegra pela emissora. Quando Dilma falou que a economia alemã ia mal, Miriam discordou, rebatendo que a mais forte economia da zona euro cresceria 1,5% esse ano, mais que o Brasil, cujo mercado espera crescimento de 0,3%.

A entrevistadora, no entanto, se referia à expectativa de crescimento da Alemanha, não um avanço real no PIB. Dilma disse que o país europeu havia crescido apenas 0,8% no segundo trimestre desse ano, dado que já foi calculado e divulgado oficialmente.

A reportagem do NYT, publicada nesta quarta-feira 24, aponta que um dos principais indicadores de confiança das empresas alemãs caiu na terça-feira mais do que o esperado, para o patamar mais baixo desde 2012, intensificando assim os temores de que a economia do país esteja ameaçada de entrar em recessão.

“A economia alemã já registrou um declínio no segundo trimestre, quando a produção caiu 0,2% em comparação com o trimestre anterior. Outro declínio trimestral consecutivo colocará o país em recessão”, diz a matéria, sobre a economia que, como diz o jornal, serviu de âncora para o restante da zona do euro durante quatro anos de crise intermitente e de crescimento irregular.

A crise internacional é justificativa frequente de Dilma para o baixo crescimento do PIB brasileiro. Com alguns adendos: enquanto países europeus desempregavam, o Brasil criava vagas, aumentava a renda, mantinha investimentos em infraestrutura e redução da desigualdade. A tese é rebatida por economistas e políticos da oposição. Mas não parece estar nem um pouco incorreta. Os dados da economia alemã são prova disso.

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