Redação Pragmatismo
Ditadura Militar 30/Set/2014 às 16:17 COMENTÁRIOS
Ditadura Militar

O homem que matou quase 100 na ditadura militar está arrependido?

Publicado em 30 Set, 2014 às 16h17

O ex-delegado do Dops Claudio Guerra, matador implacável da ditadura militar, conta como migrou do Esquadrão da Morte para a eliminação de esquerdistas em 1973, no auge da repressão política, e reconhece os seus erros

O ex-delegado do Dops Claudio Guerra, matador implacável de quase uma centena de pessoas, falou ao jornalista Alberto Dines.

Na Comissão Nacional da Verdade, o ex-policial, poderoso dos anos 70 e 80, contribuiu para o esclarecimento do atentado do Riocentro e a morte da estilista Zuzu Angel em acidente de carro. Os dois com o envolvimento dos agentes de repressão do DOI-CODI do Rio de Janeiro.

Em entrevista, o hoje pastor Claudio Guerra, conta como migrou do Esquadrão da Morte para eliminação de esquerdistas em 1973, no auge da repressão política.

Ele foi o homem de confiança do coronel Freddie Perdigão, chefe do SNI, responsável por dezenas de vítimas durante os 21 anos do Regime Militar.

VEJA TAMBÉM: Aloysio Nunes e a vergonha do passado esquerdista

Ele detalhou como descobriu uma maneira de ocultar os cadáveres da esquerda: incinerando os corpos em uma usina de açúcar em campos, no Rio de Janeiro.

No programa, Claudio Guerra faz um apelo à Comissão Nacional da Verdade para aprofundar os depoimentos dos envolvidos na repressão. E diz que “não tem como restituir as vidas que foram tiradas, mas pode cooperar com o esclarecimento da verdade e reconhecer que foi um erro. Que não se repita”.

Assista:

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