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Acusada de furto e racismo, “socialite” é presa no Rio de Janeiro

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Amanda Mocellin, herdeira da churrascaria Porcão, disparou injúrias raciais contra as funcionárias da joalheria onde foi flagrada roubando um brinco

Amanda Mocellin e o seu pai, donos do Porcão (divulgação)

A Polícia Militar do Rio de Janeiro prendeu Amanda Mocellin, 36 anos, no Barra Shopping. Ela é acusada de furto e racismo. Filha de Neodi Mocellin, fundador das churrascarias Porcão, Amanda teria furtado um brinco avaliado em R$ 380. Ao ser flagrada pelas funcionárias da joalheria, a socialite* disparou injúrias raciais. O caso aconteceu na última quinta-feira.

“Vocês sabem quem é meu pai?”, perguntou Amanda.

“Ela disse que eu era só uma negrinha”, disse a funcionária.

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A polícia conduziu a acusada para a 16ª DP, na Barra da Tijuca, onde o flagrante foi registrado.

Há indícios de que Amanda estava alcoolizada. Quatro latas vazias de cerveja foram encontradas em sua bolsa. No seu carro, um Pajero, a PM encontrou R$ 8 mil. A quantia equivale a 20 brincos iguais ao que Mocellin teria furtado.

Juiz nega liberdade

O juiz Alberto Salomão Júnior negou o pedido de liberdade de Amanda Mocellin, filha de um dos fundadores da churrascaria Porcão e que se encontra na Penitenciária Joaquim Ferreira de Souza, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro.

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O magistrado rejeitou a alegação da defesa de Amanda de que a sua conduta é decorrente do uso abusivo de álcool. O MPE (Ministério Público Estadual) também manifestou-se pelo indeferimento do pedido de liberdade.

*O termo socialite é usado para classificar mulheres que frequentam a “alta sociedade” e “ostentam” a riqueza da família.

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