Redação Pragmatismo
Religião 01/Ago/2014 às 11:57 COMENTÁRIOS
Religião

Os 10 segredos da felicidade, por Papa Francisco

Publicado em 01 Ago, 2014 às 11h57

Papa Francisco revela os 10 principais segredos para a felicidade em entrevista publicada na revista argentina Viva

papa francisco segredos felicidade
Papa Francisco (AP /Andrew Medichini)

Em entrevista publicada domingo na revista argentina Viva, o Papa Francisco listou as suas 10 principais dicas para trazermos alegria às nossas vidas:

1. Viver e deixar viver. Todos deveríamos nos orientar por este princípio, disse o pontífice, acrescentando que há uma expressão semelhante em Roma que diz: “Siga em frente e deixe os outros fazerem o mesmo”.

2. Doar-se aos outros. As pessoas precisam se abrir e serem generosas com os demais, falou, pois se “nos fechamos em nós mesmos, corremos o risco de nos tornarmos egocêntricos. E água parada fica logo estragada”.

3. Mover-se com calma. O papa, que costumava lecionar literatura de ensino médio, usou uma imagem presente num romance argentino escrito por Ricardo Guiraldes, em que o protagonista – gaucho Don Segundo Sombra – faz uma revisão de sua vida.

“Ele diz que, quando jovem, era um arroio pedregoso que arrastava tudo consigo; quando adulto, era um rio apressado; e na velhice, ele ainda estava se movendo porém devagar, como uma água de piscina”, disse o papa. Ele disse que gosta dessa última imagem – ter a “capacidade de se mover com ternura e humildade, calma na vida”.

4. Ter um sentido saudável para o lazer. Os prazeres da arte, literatura e brincadeira junto das crianças se perderam, disse.

“O consumismo nos trouxe ansiedade” e estresse, fazendo com que as pessoas perdessem uma “cultura saudável para lazer”. O seu tempo é “engolido” de forma que não podem partilhá-lo com ninguém mais.

Ainda que muitos pais trabalhem longas horas, eles precisam reservar um tempo para brincarem com seus filhos; os horários de trabalho tornam isso “complicado, mesmo assim é preciso conseguir reservar um tempo”, acrescentou.

As famílias precisam também desligar a TV quando se sentam para almoçar. Ainda que a televisão seja útil para nos mantermos atualizados com as notícias, deixá-la ligada durante as refeições “não permite com que nos comuniquemos” uns com os outros.

5. Os domingos devem ser como feriados. Os trabalhadores devem ter os domingos livres porque “o domingo é para a família”, disse.

6. Encontrar formas inovadoras para criar postos de trabalho dignos às pessoas. “Precisamos ser criativos com os as pessoas. Se elas não tiverem nenhuma oportunidade, entrarão nas drogas” e se tornarão mais vulneráveis ao suicídio, falou.

“Dar-lhes o que comer não é suficiente”, disse. “A dignidade nos é dada quando podemos trazer comida para casa” a partir de nosso próprio trabalho.

7. Respeitar e cuidar a natureza. A degradação ambiental é “um dos maiores desafios que temos. Penso que uma pergunta que não estamos nos fazendo é: ‘A humanidade não estaria cometendo suicídio com este uso indiscriminado e tirânico da natureza?

8. Parar de ser negativo. “A necessidade de falar mal sobre os outros indica baixa autoestima. Isso significa: ‘Eu me sinto tão abaixo que, em vez de subir, rebaixo o outro’”, disse o papa. “Esquecer rápido o que é negativo é saudável”.

9. Não fazer proselitismo; respeitar a crença dos outros. “Podemos inspirar os demais através do testemunho para que possam crescer juntos no diálogo. Mas o pior de tudo é o proselitismo religioso, que polariza: ‘Estou conversando com você no intuito de persuadi-lo’. Não. Cada um dialoga a partir de sua identidade. A Igreja cresce atraindo, não fazendo proselitismo”, afirmou o papa.

10. Trabalhar pela paz. “Vivemos numa época de muitas guerras”, disse o pontífice, e o clamor pela paz deve ser feito em algo e bom tom. Às vezes a paz dá uma ideia de quietude, mas nunca é quietude. A paz é sempre proativa” e dinâmica.

VEJA TAMBÉM: Papa Francisco critica capitalismo e vira ‘vilão’ nos EUA

O Papa Francisco também falou sobre a importância de ajudar os imigrantes, elogiando a generosidade da Suécia em abrir suas portas a tantas pessoas, ao mesmo tempo fazendo notar que políticas anti-imigração mostram que a Europa “está com medo”.

Carol Glatz, Catholic News Service. Tradução: Isaque Gomes Correa, Unisinos

Recomendações

COMENTÁRIOS