Redação Pragmatismo
Racismo não 14/Jul/2014 às 18:35 COMENTÁRIOS
Racismo não

Fotógrafo brasileiro sofre provocações racistas de argentino

Publicado em 14 Jul, 2014 às 18h35

Argentinos se desculparam após fotógrafo brasileiro denunciar as provocações racistas: “foi apenas uma brincadeira”

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Fotógrafo (esq.) revelou que argentinos se desculparam após ato racista (Pragmatismo Político)

Um fotógrafo carioca usou seu perfil no Facebook, neste sábado, para denunciar um torcedor argentino ao vê-lo fazer “gestos de macaco”, perto do Terreirão do Samba, no Centro do Rio de Janeiro. Segundo Carlos Junior, de 46 anos, ele estava trabalhando dentro do espaço, fazendo cliques de um grupo de “hermanos”, quando um deles fez a provocação racista.

– O caso aconteceu por volta das 11 horas. Eu estava registrando, para uma revista americana, os torcedores argentinos acampados e, quando mirei a câmera nesse grupo, o cara começou a fazer gestos de macaco para mim. Os outros ficaram rindo – contou Carlos, que acrescentou: – Imediatamente, eu comecei a fazer fotos da ação deles.

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Ao ser provocado, Carlos conta que se aproximou do grupo e explicou a eles que, no Brasil, aquela conduta era considerada crime de racismo. Em resposta, os “hermanos” explicaram que estavam apenas fazendo uma brincadeira comum dos argentinos com os brasileiros. Depois disso, o fotógrafo comunicou o incidente a um guarda municipal que estava no local.

– Ele não tinha visto a cena, mas mostrei minhas fotos para ele. O guarda se aproximou do grupo e pediu para eles se comportarem e que não fizessem mais aquilo.

Em seguida, os argentinos se desculparam pela “brincadeira” e, segundo Carlos, chegaram a se ajoelhar para pedir perdão.

– Depois das desculpas, eu relevei a situação e continuei a fazer o meu trabalho – explicou o brasileiro, que acrescentou no Facebook: “A foto fala mais que mil palavras. Enfim, ele (o argentino que fez a provocação racista), depois, pediu perdão, mas isso não é o caso. Eles estão aqui em solo brasileiro, não respeitam o nosso trabalho e debocham o tempo todo. Não são todos, é a minoria”.

Carlos preferiu não fazer um registro de ocorrência sobre o caso.

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