Redação Pragmatismo
Homofobia 01/Jul/2014 às 18:15 COMENTÁRIOS
Homofobia

A cartilha sobre diversidade sexual no Japão

Publicado em 01 Jul, 2014 às 18h15

Na tentativa de combater o preconceito, crianças e adolescentes recebem cartilha sobre diversidade sexual no Japão. 70% dos estudantes japoneses já sofreram bullying e 30% pensaram em cometer suicídio, diz pesquisa

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De maneira descontraída, escola ensina diversidade sexual a alunos japoneses (Reprodução)

Um cartaz com diversas possibilidades de orientação sexual foi o jeito encontrado por uma escola japonesa da cidade de Saitama (na região metropolitana de Tóquio) para falar sobre sexualidade a adolescentes. A medida foi adotada em um momento em que o Japão vive um grande aumento de casos envolvendo bullying contra estudantes LGBTs.

Veja também: Alemanha explica a homossexualidade para crianças

De acordo com uma pesquisa realizada pelo grupo Inochi Risupekuto Howaito Ribon Kyanpen (Campanha do Laço Branco pelo Respeito à Vida, em tradução livre), com sede na capital do país, e divulgada pelo Japan Times em maio, 70% dos estudantes homossexuais japoneses já sofreram algum tipo de bullying e 30% já pensaram em cometer suicídio. Além disso, 11% disseram ter sofrido abuso sexual.

O cartaz da escola secundária da Prefeitura de Saitama, intitulado “de quem você vai gostar”, apresenta diversos tipos de relações afetivas: heterossexuais, homossexuais, bissexuais e inclusive os assexuados. O material visual é parte de uma série de informações sobre saúde e explica ainda que as orientações são inatas à pessoa e não podem ser modificadas por pressões externas.

A adolescência é quando geralmente é realizada a descoberta da orientação sexual e, para isso, deve-se levar “tanto tempo quanto for necessário”, aconselha o material.

O texto introdutório do cartaz diz que, “quando os jovens chegam à puberdade, eles muitas vezes gostam de outras pessoas e isso é chamado atração sexual. Dependendo de quem a pessoa goste, esta é sua orientação sexual. A maioria é heterossexual, mas as pessoas que são homossexuais e bissexuais não formam um grupo pequeno. A orientação sexual é inata e não pode ser modificada por intervenção, por isso não é preciso mudar suas preferências”.

Opera Mundi

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