Redação Pragmatismo
Copa do Mundo 04/Jun/2014 às 16:18 COMENTÁRIOS
Copa do Mundo

A percepção do americano Alexi Lalas sobre o Brasil da Copa

Publicado em 04 Jun, 2014 às 16h18

Alexi Lalas, ex-zagueiro carismático dos EUA desembarcou no Brasil para acompanhar a Copa e está fazendo uma espécie de “diário de viagem”. Confira, abaixo, algumas impressões do americano

alexi lalas copa do mundo
Alexi Lalas no Rio de Janeiro (Reprodução)

Alexi Lalas marcou presença na Copa de 1994, nos EUA, menos pelo futebol e mais pela figura, com seu cabelo e longa barba ruivos e uma enorme força de vontade que mitigava o talento relativo.

Ex-zagueiro, o carismático Lalas tornou-se comentarista da ESPN — e virou, sem querer, símbolo do fla-flu estúpido em torno do Mundial no Brasil e da falsa questão entre torcer, fingir indiferença ou esperar uma catástrofe.

Ele está fazendo uma espécie de “diário de viagem”. Ao desembarcar no Galeão, postou no Twitter: “O aeroporto do Rio foi mais rápido e fácil que nos Estados Unidos. Aterrissamos, passamos pela alfândega e pegamos nossas malas em um total de 32 minutos”.

Com mil demônios, mas não era para dar tudo errado? O que cazzo aconteceu?

Logo depois, fez uma piada. E aí prometia surgir o personagem esperado: o gringo que chega ao país, se dá mal por causa da falta de infra-estrutura/corrupção/PT/ariranha/tudo isso que está aí e mostra como somos um lixo. “Dia 1 no Rio. Ainda não fui roubado nem tive meus órgãos internos colhidos”.

Foi criticado. Retratou-se: “Desculpe. Eu estava apenas tentando mostrar como as percepções nem sempre correspondem à realidade. E uma Copa do Mundo pode ajudar a mudar isto”.

Em seguida, mostrou o que viu.

“Há bares a cada 100m na Praia de Copacabana. Enquanto eu corro, eu posso vê-los brilhando como sirenes luminosas me guiando para casa”.

“Me desculpem por tantos posts. A Copa do Mundo me deixa empolgado. A Copa do Mundo no Brasil me deixa mais empolgado ainda”.

“O trânsito no Rio é como nos Estados Unidos, mas pensei que fosse mais bonito, rítmico e criativo”.
“Bonita corrida na praia de Copacabana. Muita gente, segurança visível e clima perfeito”.

Lalas, o americano tranquilo, vai curtir a Copa e torcer por seu time. Podia — por que não? — tecer comparações entre a organização do evento nos Estados Unidos e no Brasil. Foi preciso na seguinte observação: “Eu estava apenas tentando mostrar como as percepções nem sempre correspondem à realidade”.

É simples, mas Nelson Rodrigues estava certo quando disse que só os profetas enxergam o óbvio.

Leia também: A lição que o Brasil está prestes a dar ao mundo

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Alexi Lalas marcando Romário em partida disputada pelas oitavas de final da Copa do Mundo de 1994 (Arquivo)

Kiko Nogueira, DCM

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