Redação Pragmatismo
Copa do Mundo 17/Abr/2014 às 17:35 COMENTÁRIOS
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ONGs desmentem jornalista dinamarquês que foi embora do Brasil

Publicado em 17 Abr, 2014 às 17h35

ONGs de Fortaleza desmentem Mikkel Keldorf, o jornalista dinamarquês que saiu do Brasil

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Mikkel Keldorf, o jornalista dinamarquês que teria desistido de acompanhar a copa do mundo no Brasil por causa da violência (Pragmatismo Político)

Organizações não-governamentais consultadas pelo jornalista dinamarquês Mikkel Keldorf quando ele esteve em Fortaleza dizem que não há grupos de extermínio matando crianças de rua para “limpar” a cidade que se prepara para a Copa do Mundo.

A existência desses grupos, denunciada pelo jornalista em seu perfil do Facebook, foi apontada por ele mesmo como o principal motivo de sua saída do país antes da cobertura da Copa.

“Não sei qual foi a fonte dele, mas eu não conheço nenhum caso de extermínio”, afirma Adriano Ribeiro, diretor da ONG “O Pequeno Nazareno”, uma das principais entidades que atendem crianças em situação vulnerável no Ceará.

LEIA TAMBÉM: A história por trás do dinamarquês que teria desistindo de cobrir a copa no Brasil

“Existem assassinatos, claro, mas por vários motivos. Eu não seria leviano em afirmar que há uma ação deliberada de extermínio por causa dos grandes eventos.”

Em seu já famoso post no Facebook, Keldorf, um jornalista freelancer que trabalhava no Brasil, sugeriu que crianças de rua estariam sendo mortas para não serem vistas por turistas e jornalistas estrangeiros. “Muitas vezes, são mortas quando estão dormindo à noite em área com muitos turistas. Por quê? Para deixar a cidade limpa para os gringos e a imprensa internacional? Por causa de mim?”

Adriano Ribeiro, Antônio Carlos da Silva (ambos de “O Pequeno Nazareno”) e Jacinta Rodrigues (da “Barraca da Amizade”) estiveram com Keldorf em sua estadia de alguns dias na capital do Ceará. Eles trabalham com crianças de rua há anos e apresentaram ao repórter dinamarquês um pouco da realidade delas.

“Falar em grupo de extermínio de pessoas… eu não tenho conhecimento disso não, desse grau de periculosidade…”, afirma Antonio Carlos, há 14 anos trabalhando nas ruas de Fortaleza.

Em 2013, os profissionais d’O Pequeno Nazareno ouviram denúncias de que um suposto grupo estaria tirando crianças de locais de concentração de turistas por causa da Copa das Confederações. Mas ao averiguar as denúncias, eles não conseguiram chegar a nada de concreto.

com informações de Uol Notícias e Tribuna do Ceará

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