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PMDB se rebela contra PT e aprova proposta do DEM

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Rebelião do PMDB foi capitaneada pelo líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha, que exige do governo mais um ministério para o seu partido e é contra a aprovação do Marco Civil da Internet

Eduardo Cunha (dir.) é o responsável pela rebelião do PMDB. Ele exige mais um ministério para o seu partido, pedido que foi negado por Dilma (Ilustração: Pragmatismo Politico)

Mesmo com todas as tentativas do governo de barrar a criação de uma comissão externa para investigar denúncias de pagamento de propina a funcionários da Petrobras, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (11) a proposta do líder do DEM, Mendonça Filho (PE), em votação simbólica. O requerimento foi aprovado com apoio da bancada do PMDB, partido da base aliada ao governo.

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O governo ainda tentou barrar a iniciativa da oposição por meio de um requerimento pela retirada da proposta, mas o plenário rejeitou o pedido. Por 267 votos a favor, 28 contrários e 15 abstenções, os parlamentares mantiveram em pauta a proposta da oposição.

Para tentar dificultar o alcance do quórum, entraram em obstrução as bancadas do PT, do bloco PP/Pros, do PCdoB, do PDT e do PRB. O PSD liberou sua bancada.

Com a criação da comissão, deputados deverão viajar à Holanda para acompanhar a investigação de denúncias relacionadas a irregularidades na Petrobras.

Deputados disparam contra Michel Temer

Na avaliação dos peemedebistas, o presidente licenciado do PMDB não funciona como interlocutor do partido com a presidenta e fecha os olhos para a insatisfação da legenda para continuar como vice na chapa da petista à reeleição. Para eles, o vice-presidente desprezou os parlamentares da sigla ao endossar a tentativa de Dilma de isolar o líder Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “O Michel não pode falar pela bancada”, sentenciou um deputado que participou da reunião de mais de três horas.

Em nota divulgada ao final do encontro, um item deixou claro o mal-estar entre deputados e Temer. “O único interlocutor da bancada é o Eduardo Cunha”, diz um trecho do documento, aprovado por 39 parlamentares. O isolamento do líder do partido na Câmara foi a principal aposta de Dilma na conversa que teve com Temer no final de semana para tentar conter a crise no PMDB.

com Agência Brasil e Congresso em Foco