Instituto Royal divulgou uma nota para informar que decidiu encerrar as atividades de pesquisas em animais
Após ter seu laboratório invadido no último dia 18 e ter 178 beagles resgatado por ativistas, o Instituto Royal enviou hoje (6) uma nota onde informa que decidiu encerrar as atividades de pesquisas em animais em São Roque (66 km de SP).
De acordo com o instituto, a decisão foi tomada em assembleia geral realizada entre os seus associados. Ainda segundo a nota, a invasão provocou “elevadas e irreparáveis perdas”. O instituto diz ainda que a retirada dos animais prejudicou uma década de pesquisas e que o grupo teme pela segurança de seus funcionários. Leia também
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A invasão e resgate dos beagles ocorreu após ativistas relatarem que os animais eram maltratados durante as experiências feitas com os animais no laboratório. O instituto sempre negou que maltratava os animais.
Segundo a nota, “o prejuízo causado ao Instituto Royal não é mensurável. Mas é certo que o Brasil inteiro perde muito com este episódio, lamentavelmente”.
O Instituto Royal repudiou novamente a invasão e atribuiu “as ações violentas a dois fatores: as inverdades disseminadas de forma irresponsável – e por vezes oportunista – associadas à falta de informação pré-existente. As consequências dos atos advindos dessa equação resultaram não somente em prejuízo para a instituição, que fecha suas portas, mas também e mais gravemente para a sociedade brasileira, que assiste à inutilização de importantes pesquisas em benefício da vida humana”.
O instituto informa ainda que vai preservar a integridade dos animais que ainda estão sob os seus cuidados e que tomará as “providências necessárias junto aos órgãos regulatórios competentes, para assegurar que continuem sendo dados a eles tratamento e destinação adequados”.
Por conta do fechamento da unidade, o instituto informou que todos os funcionários serão demitidos e que eles já foram informados da decisão. Segundo o instituto, a decisão por enquanto não afetará a unidade Genotox, de Porto Alegre, onde não se faz experimentação animal.
Folhapress