Religião

Patroa evangélica força funcionária a se converter

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Chefe perseguia funcionária para que fosse convertida à religião evangélica, porque "somente assim ela se livraria do mal e se tornaria uma boa funcionária"

Responsável financeira da empresa convidava pastor para participar de reuniões (Arquivo)

A Vale Transporte Metropolitano S/C Ltda. vai ter de indenizar em R$ 5.000 a sua ex-funcionária Josicleia Aparecida Alves, que, católica, foi discriminada e perseguida pela sua chefe (que nos autos é denominada de “sra. Mariles”), para que fosse convertida à religião evangélica.

O valor será atualizado com juros e correção monetária, a partir da data em que a reclamação trabalhista foi ajuizada.

A católica estava reivindicando R$ 50 mil por danos morais. A quantia foi considerada excessiva pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) do Paraná (9ª Região).

De acordo com o processo judicial, em 2010 a Mariles com frequência dizia a Josicleia para virar evangélica porque somente assim ela se libertaria do mal e se tornaria uma boa funcionária.

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A ex-funcionária relatou que a então sua chefe levava uma vez por semana o pastor Francisco Mitsuo Kogima no local de trabalho para fazer pregações e exorcismo. O comparecimento dos funcionários era obrigatório.

”Os empregados católicos eram tratados com extremo rigor e hostilizados com frequência”, disse Josicleia,cuja função era caixa.

Um representante da empresa e marido da “sra. Mariles” negou que sua mulher perseguisse os católicos, mas admitiu que o pastor Kogima celebrou um culto para os funcionários.

Disse que Mariles,que era responsável pelo setor financeiro da empresa, chamou o pastor porque ficou nervosa com o sumiço de R$ 80 mil.

No entendimento do TST, foi comprovado que Josicleia foi vítima de intolerância religiosa, sendo atacada em suas convicções.

Paulopes

com informações do processo

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