Luis Soares
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Barbárie 09/Ago/2013 às 15:37 COMENTÁRIOS
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Perita reclama de "bagunça" no local da chacina em São Paulo

Luis Soares Luis Soares
Publicado em 09 Ago, 2013 às 15h37

Presidente da Associação de Peritos Criminais diz que tumulto na casa onde família Pesseghini foi morta é um absurdo e pode atrapalhar investigação. “Local deveria ter sido isolado”

O entra e sai de pessoas na casa onde a família de policiais militares foi morta, na Brasilândia, zona norte de SP, durante a perícia, na segunda-feira (5), pode ter comprometido a cena do crime e atrapalhar as investigações do caso, de acordo com a presidente da Associação dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo (Apcesp), Maria do Rosário Mathias Serafim.

chacina são paulo pesseghini

Chacina em São Paulo: perita reclama que local do crime não foi preservado de maneira adequada. (Foto: Folhapress)

Colegas de farda do casal de PMs Luis Eduardo e Andreia Pesseghini eram vistos entrando na casa antes e durante a realização da perícia. Além deles, parentes e até políticos caminharam pelos cômodos enquanto os corpos ainda estavam no local. Maria do Rosário chamou isso de “invasão” e considerou “um absurdo”.

— Sangue tinha aos montes. O sangue era das vítimas que foram mortas. O perito não vai precisar procurar vestígio de sangue porque tinha muito. Mas pode ter alguma outra coisa, uma coisa caída, fora do lugar. E quando entra muita gente, as pessoas sem querer vão pondo as coisas em ordem. Isso prejudica uns 90% da perícia.

A presidente da Apcesp falou que o excesso de pessoas na cena pode dificultar o trabalho da polícia durante o inquérito.

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— Pode atrapalhar muito [a investigação]. Não muda o resultado porque existem outras provas que estão aí para mostrar que vai bater com os depoimentos, com as pessoas que viram. Mas são coisas assim que eu acho que se não tivesse tido essa invasão, as coisas seriam melhores.

Ela ainda acrescentou que o local deveria ter sido isolado e somente liberado após a saída da perícia.

— O delegado que tem que mandar isolar e preservar o local. [Isso] não aconteceu porque entrou muita gente.

Cena do crime

Maria do Rosário viu as fotos feitas na casa dos Pesseghini após o crime. Ela disse não acreditar que a cena possa ter sido montada.

— Não teria condição, eu diria. Montar uma cena daquelas seria impossível a meu ver.

Ainda de acordo com a perita, a casa em ordem também chamou atenção.

— É uma casa bem arrumada, de pessoas ordeiras. A coisa está muito arrumadinha, muito ordeira para o meu gosto, mas pode ser o estilo da família.

com informações de R7

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