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“Drive-in” aumenta segurança de prostitutas na Suiça

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Cidade suíça inaugura "drive-in" para aumentar segurança de prostitutas. Medida, aprovada pela população, tem como objetivo aumentar a segurança de Zurique e das profissionais

A cidade de Zurique, na Suíça, deu início neste final de semana, em caráter experimental, a uma nova política pública para tornar a prostituição mais segura. Foi inaugurado no último sábado (24/08), em uma zona afastada do centro, um complexo destinado às profissionais do sexo e seus clientes. O espaço é composto por pequenas e aconchegantes garagens, que estão sendo chamadas pela imprensa local de “sex-boxes”, no melhor estilo “drive-in”.

Drive-in para prostitutas: medida foi aprovada pela população e visa aumentar a segurança em torno da atividade (Agência Efe)

Enquanto essa iniciativa seria uma realidade inconcebível em cidades brasileiras, eles são comuns em cidades da Alemanha e na Holanda, mas com muito menos organização e apoio público do que em Zurique. O tema gerou polêmica muito menos pelas questões de moralidade ou pelo fato de a medida ter sido financiada por recursos públicos (e aprovada pela população), mas porque se trata de mais uma política que favorece o uso de automóveis. A Suíça tem longa tradição no chocolate, na relojoaria e no alpinismo, mas também com a prostituição, legalizada desde 1942.

Os objetivos principais dos “drive-ins” são assegurar a segurança das prostitutas e diminuir os transtornos causados pela atividade nas ruas (provocados principalmente pelos clientes): além de diminuir os problemas de insegurança, higiene pública e a proximidade com o tráfico de drogas.

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O local escolhido pela prefeitura é um parque circular com uma pequena rodovia onde os clientes podem acertar o preço com as profissionais, levando-as para os boxes. Anteriormente, o espaço era uma antiga zona industrial abandonada, localizada ao lado de uma linha de trem.

Os clientes não precisam se preocupar com a questão da privacidade, pois não haverá presença de câmeras de segurança, Já as prostitutas terão de trabalhar com um registro da prefeitura e das autoridades sanitárias, além de pagar uma pequena taxa – mas terão garantias como policiamento local efetivo, um botão automático para acionar qualquer emergência e a presença de assistentes sociais treinados.

As instalações são bem decoradas, sinalizadas com cores fluorescentes roxas e rosas. Possuem banheiros com chuveiro, armário, mesa e máquinas de lavar. Funcionam das 19h às 5h do dia seguinte. O que pode atrapalhar é o fato de que as instalações não tem porta e o sexo deve ser feito no próprio carro. Os boxes também têm anúncios incentivando o uso de preservativos.

Para defensores do projeto, é uma situação em que tanto os clientes quanto as profissionais saem ganhando: além da segurança, elas teriam direito a abrigo e melhores condições de trabalho, sem estarem expostas à exploração dos cafetões. O projeto foi aprovado pela população local, que aceitou gastar 2,6 milhões de dólares do orçamento municipal para a construção das instalações, além de outros 700 mil dólares para manutenção.

No sábado, muitas pessoas, incluindo mulheres e casais, passaram pelo local – um bom número só por mera curiosidade, para saber como seus impostos estavam sendo usados. Algumas mulheres reclamaram que o serviço era dedicado unicamente para o público masculino heterossexual e não oferecia as mesmas condições para garotos de programa.

Opera Mundi