Redação Pragmatismo
Política 25/Jun/2013 às 20:34 COMENTÁRIOS
Política

A entrevista coletiva de Joaquim Barbosa

Publicado em 25 Jun, 2013 às 20h34

Joaquim Barbosa diz em entrevista o que a mídia não queria ouvir. O ministro se mostrou favorável a mudanças por meio de plebiscitos e rechaçou com veemência qualquer possibilidade de ser candidato a presidente da república

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Em entrevista coletiva realizada hoje, Joaquim Barbosa disse concordar com Dilma sobre proposta de consulta popular para aprecio de emenda constitucional (Imagem: ABr)

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, disse em entrevista coletiva no final da tarde, em Brasília, que também é a favor de uma consulta popular para apreciar uma emenda constitucional com uma reforma política. “A vontade dela coincide com a minha”, afirmou Barbosa, referindo-se à presidente Dilma Rousseff, com quem esteve à tarde, antes de falar aos jornalistas. “Temos de ter consciência de que precisamos incluir o povo nas decisões”, completou.

Joaquim Barbosa disse que foi convidado pela presidente ontem à tarde para ir ao Palácio do Planalto nesta terça-feira. “Fui levar a ela a minha posição”, afirmou. Ele evitou, diante dos jornalistas, na sede do Conselho Nacional de Justiça, usar a palavra plebiscito, mas procurou interpretar as palavras de ontem de Dilma. “Ela pode reunir suas propostas numa emenda constitucional”, disse.

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Um dos pontos mais importantes da entrevista de Barbosa foi sua negativa enfática que uma eventual candidatura à presidência da República. Pesquisa Datafolha realizada na última semana apontou o ministro do STF como o favorito entre os manifestantes. “Ali (nas manifestações) não estavam representados todos os estratos da sociedade. Eu mitigaria muito aquele resultado. Eu não tenho nenhuma vontade de me candidatar a presidência da república”.”, disse ele.

Sobre as mudanças por meio de plebiscitos, ele se mostrou favorável. “Ora, o povo brasileiro está tão acostumado sobre esses assuntos que respondeu a isso outras vezes. Todas as mudanças importantes na história do Brasil – a independência, a República – foram decisões de cúpula. É preciso envolver e o povo”, disse ele.

O presidente do STF não demonstrou receio de que a convocação de um plebiscito para aprovar a reforma política venha a ameaçar a democracia brasileira. “A democracia brasileira está madura, mas é preciso tomar agora as decisões certas”, asseverou. “Eu vivi nas grandes democracias do mundo, tenho consciência formada não apenas com o que acontece aqui”.

com Brasil 247

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