Luis Soares
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Homofobia 03/Mai/2013 às 19:47 COMENTÁRIOS
Homofobia

Motorista passa com veículo três vezes por cima de homossexual

Luis Soares Luis Soares
Publicado em 03 Mai, 2013 às 19h47

Motorista de van xinga homossexual e depois passa com o veículo por cima dele três vezes; amigos do jovem morto dizem que acusado estava bêbado

homossexual atropelado van

Eliwellton da Silva Lessa, de 22 anos, morreu na madrugada de terça

Policiais da 74ª DP (Alcântara) investigam a morte de Eliwellton da Silva Lessa, de 22 anos, ocorrida nesta terça-feira, em São Gonçalo, município da Região Metropolitana do Rio. Homossexual, o rapaz havia discutido com um motorista de van que o xingou. Segundo dois amigos que estavam com Eliwellton, depois da briga o homem passou com o veículo três vezes em cima da vítima e fugiu em seguida. O rapaz chegou a ser levado para o Hospital Geral Alberto Torres, no Colubandê, também em São Gonçalo, mas não resistiu aos ferimentos. Ele teve a coluna quebrada em três lugares, fraturou três costelas, quebrou a bacia e teve o pulmão perfurado.

O atropelamento foi na madrugada de segunda-feira. Por volta das 2h30m, Eliwellton e os amigos passavam pela Estrada Raul Veiga, em Alcântara, quando teria sido xingado de “viado” pelo motorista.

– Eles começaram a discutir e partiram para a briga. Conseguimos apartar. O motorista, que parecia estar bêbado, foi até a van, pegou uma barra de ferro e ia partir para cima da gente. Decidimos ir embora – contou um dos amigos que acompanhavam Eliwellton, um cabeleireiro de 26 anos.

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Segundo ele, os três andaram mais um quarteirão e pararam para conversar:

– Vi a van manobrar e logo depois ela veio correndo muito. Pegou o Eliwellton em cima da calçada. Ele passou por cima dele uma vez, deu ré por cima dele e depois passou de novo. Foi um horror.

O depoimento do cabelereiro está marcado para esta sexta-feira. O corpo de Eliwellton permanece no Instituto Médico-Legal (IML) de São Gonçalo. O enterro deve ser nesta sexta. A família do jovem disse que lutará por justiça.
– Um crime como esse não pode ficar sem punição. Esse homem foi de uma crueldade sem tamanho. Acabar com uma vida desse jeito – disse Ana Paula Miguel, prima de Eliwellton.

Jornal Extra

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