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Morador de rua é torturado, queimado e tem símbolo nazista gravado no corpo

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Morador de rua é agredido e tem suástica gravada nas costas em Presidente Venceslau (SP). Estado de saúde é gravíssimo

Um morador de rua de Presidente Venceslau (611 km de São Paulo) foi encontrado na madrugada desta segunda-feira (19) com traumatismo craniano, queimaduras e uma suástica, o símbolo do nazismo, gravada nas costas, possivelmente com uma faca ou estilete.

Segundo a polícia, os criminosos usaram um tampo de concreto para atacá-lo. Ele também sofreu queimaduras, e cortes no formato de uma cruz suástica, símbolo do nazismo. (Foto: divulgação)

O estado de saúde de Sebastião Costa, 42, é gravíssimo, segundo Odélio Vilarinho, médico plantonista da Santa Casa.

“Ele está com 25% do corpo queimado e apresenta sinais de que foi torturado”, afirmou. Entre esses sinais, segundo o médico, estão cortes no abdome.

Costa foi encontrado desacordado no banheiro público que fica na praça José Bonifácio, onde vivia, segundo o delegado Emerson Abade. Ele foi agredido na cabeça com um tampo de concreto possivelmente por mais de uma pessoa, devido ao peso do artefato.

“É um tampo muito pesado. Foram precisos três investigadores para carregá-lo. Nunca houve uma violência nessa proporção por aqui”, declarou o delegado.

A polícia ainda não tem pistas dos criminosos. De acordo com o delegado, não foram encontradas testemunhas, e o crime não foi gravado por nenhuma câmera de segurança dos estabelecimentos comerciais nas imediações.

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Abade disse que o morador de rua é alcoólatra, mas que não dava problemas. Além dele, outro homem, também alcoólatra, vive na praça.

Mas, de acordo com a polícia, apesar de estar no local no momento do crime, ele afirma não ter testemunhado as agressões. “Vamos esperar ele se recuperar da bebedeira para tentar conseguir alguma informação”, disse o delegado.

Não existem grupos ou associações que pregam a intolerância em Presidente Venceslau, segundo a polícia.

A Santa Casa informou que pretende transferir o morador de rua para o Hospital Regional de Presidente Prudente (558 km de São Paulo), que possui mais recursos.

Agências