Redação Pragmatismo
Educação 13/Set/2012 às 12:04 COMENTÁRIOS
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Absurdo: Prefeitura proíbe distribuição de livros gratuitos em São Paulo

Publicado em 13 Set, 2012 às 12h04

"Os próximos gestores têm de oferecer uma política eficiente de incentivo à leitura, para que as bibliotecas não sejam depósitos de livros como são hoje", diz responsável pela distribuição dos livros

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Prefeitura impediu distribuição de livros que seria realizada pela ONG Educa São Paulo. Foto: divulgação

A organização não-governamental Educa São Paulo havia programado para a manhã de segunda-feira (10), a distribuição de cerca de 8.000 livros, entre obras de literatura brasileira, livros infantis e gibis, no Viaduto do Chá, região central.

A intenção era, além de incentivar a leitura, protestar contra o abandono das bibliotecas da cidade, que, segundo o presidente da ONG, Devanir Amâncio, “têm livros, mas não têm leitores.”

Uma perua Kombi estacionou no Viaduto do Chá por volta das 23h de domingo (9) para organizar e separar os títulos por autor e gênero, mas foram impedidos.

Quatro guardas-civis metropolitanos disseram para os integrantes da ONG que eles deveriam ter autorização da prefeitura para realizar a distribuição. “Eles disseram que estavam em alerta, esperando pela ação, e que a ordem era impedir”, disse Amâncio.

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A iniciativa, intitulada Bienal Relâmpago, agora será transformada em Bienal Móvel. Segundo Amâncio, duas Kombis – equipadas com aparelhos de som e faixas – percorrerão locais movimentados da região central da cidade oferecendo livros às pessoas.

“Devemos começar ainda pela região do Viaduto do Chá, porque ali é área de Zona Azul e, se pagarmos, podemos estacionar por um tempo para distribuir os livros.”

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Cerca de 8 mil livros seriam distribuídos nas ruas da cidade de São Paulo. Foto: ONG Educa SP

Ainda sem itinerário ou data marcada para a ação, Amâncio disse que é provável que a distribuição seja realizada neste sábado. Segundo ele, os livros foram doados por moradores da cidade. “Os próximos gestores têm de oferecer uma política eficiente de incentivo à leitura, para que as bibliotecas não sejam depósitos de livros como são hoje.” As informações são do jornal “O Estado de S.Paulo”.

Agência Estado

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