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Marta Suplicy afirma que religiões avançam às custas dos direitos e saúde da mulher

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Sem citar o Vaticano, Marta afirmou que as “religiões cada vez mais impositivas estão ganhando espaço às custas da saúde da mulher". Para ela, o retrocesso nos direitos da mulher, na conferencia, foi “além de todos os limites”.

Antônio Patriota também lamentou a supressão da expressão “direitos reprodutivos”

A senadora Marta Suplicy (PT-SP) lamentou ontem que a Rio+20 tenha permitido que houvesse uma “grande derrota” das mulheres diante do avanço da pauta das religiões.

Isto porque o texto final da conferência confirmou a substituição da expressão “direitos reprodutivos” pela “saúde reprodutiva”, resultado da pressão do arcebispo Francis Chullikat, representante do Vaticano no evento.

No entendimento da senadora e de representantes do movimento feminista, a redação imposta pelo Vaticano restringe a autonomia da mulher em tomar decisão quanto ao seu próprio corpo, como na gestação ou não de filhos. A questão envolve a discussão sobre a descriminação do aborto, entre outras.

Sem citar o Vaticano, Marta afirmou que as “religiões cada vez mais impositivas estão ganhando espaço às custas da saúde da mulher”. Para ela, o retrocesso nos direitos da mulher, na conferencia, foi “além de todos os limites”.

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O chanceler Antônio Patriota também lamentou a supressão da expressão “direitos reprodutivos”. “Meu sentimento é de frustração”, disse. “Eu gostaria que o texto tivesse incluído [a expressão], mas infelizmente há divisões profundas em relação a esse tema”.

Ele afirmou que o Brasil, por ser o anfitrião, teve de ceder às pressões para conseguir um consenso.

Autor: Paulopes

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