Luis Soares
Colunista
Política 25/Fev/2011 às 15:46 COMENTÁRIOS
Política

O “chavismo” de Roberto Freire

Luis Soares Luis Soares
Publicado em 25 Fev, 2011 às 15h46
Freire e Serra migraram da esquerda para a ultradireita
Novamente um tucano falando em chavismo… Neste caso, um aliado deles, o deputado Roberto Freire (PPS-SP), voltou à baila agora para criticar a presidenta Dilma Rousseff por causa da aprovação do projeto de lei sobre o salário mínimo.
A bronca de Freire é que, segundo a proposta, o Executivo poderá fixar o mínimo por decreto, sem precisar que um projeto de lei seja enviado a cada ano ao Legislativo. A regra será estabelecida até 2015 e é justificada pelo governo como uma forma de garantir a continuidade da política de valorização dos salários no país.
Isto é, realmente, continuidade e planejamento. Todos sabem que há um esforço no sentido de garantir aos trabalhadores brasileiros um salário cada vez maior, de acordo com as possibilidades econômicas e sobretudo acima da inflação. Mas, parece, tudo isso não importa para o ex-comunista Roberto Freire.
Continuidade e planejamento
Aliás, ele já tinha pedido a OAB uma análise sobre a constitucionalidade da definição do valor do mínimo. E vale lembrar da irresponsabilidade desta oposição que lançou e defendeu de forma oportunista na campanha eleitoral um mínimo de R$ 600,00, acima do que suportaria nossa economia.
Freire agora utiliza o velho jargão tucano e infla os pulmões para caracterizar o projeto de lei de “pequeno chavismo” por parte da presidenta Dilma. E, também, para dar vazão a tolices como “se abrirmos a possibilidade de que por decreto, e não por lei, a presidenta fixe o Salário mínimo,  podemos correr o risco da concessão de outros poderes inconstitucionais e perigosos para a democracia”…
É claro e legítimo que todos possam questionar a constitucionalidade ou não da decisão do Congresso Nacional que permite o mínimo ser definido por decreto presidencial. Mas falar em chavismo?! Só mesmo Roberto Freire, já conhecido por seu oposicionismo sectário e radical ao PT, e agora, ao governo Dilma.
Correio do Brasil

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