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Com rombo, campanha de Serra busca recursos

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De onde virá o dinheiro?
Na tentativa de cobrir o rombo financeiro da campanha da oposição à Presidência da República, a cúpula do PSDB resolveu que a arrecadação de recursos terá de se estender até o final do mês de novembro.
Em almoço anteontem em São Paulo, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), e Márcio Fortes, responsável pelo fluxo de arrecadação e despesa da campanha presidencial de José Serra, mergulharam nas planilhas para traçar o diagnóstico do que deve ser feito. O objetivo é evitar que fiquem dívidas para o diretório nacional do PSDB.
De acordo com o quadro analisado pelos tucanos, o partido está com mais de R$ 30 milhões no vermelho – chegou a fechar o primeiro turno da eleição presidencial com R$ 22 milhões a menos do que precisava, diante de uma arrecadação de R$ 62 milhões.
A legislação eleitoral prevê que o candidato que disputar o segundo turno deverá apresentar as contas consolidadas até 30 de novembro de 2010. Norma do Tribunal Superior Eleitoral permite que haja arrecadação de recursos depois de terminada a disputa, mas em casos excepcionais: “Exclusivamente para quitação de despesas já contraídas e não pagas até aquela data, as quais deverão estar integralmente quitadas até a data da entrega da prestação de contas à Justiça Eleitoral, sob pena de desaprovação das contas”.
Dívidas
Integrantes do comitê financeiro dizem que o partido não deixará dívidas para o diretório nacional porque há promessas da entrada de recursos para honrar compromissos assumidos com fornecedores, como gráficas e equipes de comunicação.
A avaliação é que a campanha deve arrecadar no máximo R$ 40 milhões no segundo turno. Algumas empresas dividiram a contribuição financeira da campanha por meio de parcelas. A expectativa do partido é de que os empresários honrem com o “compromisso” e doem as parcelas restantes, mesmo com a derrota.
Até a semana passada, 103 contribuintes haviam doado, dois terços deles no segundo turno. A perspectiva de vitória de Serra, com a passagem para a segunda etapa da eleição, chegou a animar empresários a doarem mais. Mas a queda nas pesquisas no decorrer das semanas e, de acordo com tucanos, uma suposta pressão no empresariado feita por quadros do PT dificultaram a entrada de recursos no caixa da campanha, que chegou a estimar um teto de R$ 180 milhões de arrecadação ao TSE.
Estado de S.Paulo