Redação Pragmatismo
Economia 17/Mar/2017 às 09:00 COMENTÁRIOS
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Rodrigo Maia diz que feministas defendem idade mínima igual para homens e mulheres

Publicado em 17 Mar, 2017 às 09h00

Para justificar a Reforma da Previdência, Rodrigo Maia (DEM) diz que idade mínima igual para homens e mulheres é um pleito feminista. Movimentos feministas, no entanto, defendem justamente o contrário: a equiparação é injusta porque a realidade hoje da maioria das mulheres é de dupla jornada

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Rodrigo Maia (reprodução)

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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEMRJ), entrou rasgando numa das questões mais controversas da reforma da previdência. O deputado afirmou nesta terça-feira (14) que a idade mínima de aposentadoria igual para homens e mulheres é um pleito dos movimentos que defendem os mesmos direitos para os dois gêneros. “Esse é um pleito também das mulheres há muitos anos, que é exatamente não ser tratada de forma diferente dos homens”.

Este, no entanto, é um dos pontos mais polêmicos da reforma. Movimentos feministas defendem que a equiparação é injusta, porque a realidade hoje da maioria das mulheres é de dupla jornada, ou seja, além de trabalhar fora, ela também é responsável pelos afazeres domésticos. Além disso, a equiparação desconsidera também a diferença salarial que há entre homens e mulheres no Brasil.

Para Maia, como as mulheres têm cobrado maior participação no mercado de trabalho, na política, “o equilíbrio tem que ser para tudo”. Segundo ele, pesquisas mostram que 65% dos brasileiros aprovam essa medida. “Há um pleito das mulheres de não serem tratadas como apêndice dos homens, então acho que na hora que o governo caminha para a reforma da Previdência, é obvio que o correto é que se caminhe para esse equilíbrio, onde mulheres e homens tenham a mesma idade mínima”, afirmou.

As declarações de Maia foram dadas após participar de uma reunião com líderes da base aliada, no qual voltou a defender que o texto da reforma da Previdência precisa ser aprovado sem alterações. O governo tem feito uma campanha de convencimento dos parlamentares para aprovar a proposta como ela veio do governo. “Se a gente for começar a dilapidar o texto, os efeitos da reforma daqui a pouco vão ser inócuos”, disse.

Segundo o presidente da Câmara, mesmo com a resistência da base aliada, será possível aprovar a reforma no plenário até final de abril. “A proposta é justa, é correta. O texto que veio do governo é o texto que precisa ser aprovado, porque é o texto que vai garantir no futuro os pagamentos dos aposentados e vai levar o Brasil a um crescimento muito forte”, disse.

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