Redação Pragmatismo
Justiça 04/Out/2016 às 16:00 COMENTÁRIOS
Justiça

Livro que mostra conversa entre William Bonner e Gilmar Mendes é censurado

Publicado em 04 Out, 2016 às 16h00

Justiça manda recolher livro que mostra conversa entre William Bonner e Gilmar Mendes. Diálogo do editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional com o ministro do Supremo Tribunal Federal é comprometedor

william bonner gilmar mendes

O advogado e professor Clóvis de Barros Filho terá de pagar uma indenização ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes e recolher todas as edições ainda não vendidas do livro Devaneios sobre a atualidade do Capital, escrito com Gustavo Daineze.

Ele foi condenado porque narrou uma conversa entre o atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o apresentador do Jornal Nacional, William Bonner.

“Fui a uma reunião de pauta do Jornal nacional, e o William Bonner liga para o Gilmar Mendes, no celular, e pergunta. ‘Vai decidir alguma coisa de importante hoje? Mando ou não mando o repórter?’. ‘Depende. Se você mandar o repórter, eu decido alguma coisa importante'”, diz o trecho incluído no livro.

O ministro considerou o texto inapropriado e entrou com processo por danos morais contra os autores da obra e a CDG Editora. Esses, por meio de acordo, comprometeram-se a pagar a indenização estipulada e a retirar todos os exemplares de Devaneios… de circulação e apagar o trecho dos próximos.

Monica Iozzi

Nesta mesma semana, a apresentadora e humorista Monica Iozzi foi condenada a indenizar Gilmar Mendes por conta de uma postagem feita em sua conta do Instagram.

No post, Monica, que apresentava o Vídeo Show na Globo até fevereiro deste ano, colocou uma foto do ministro do STF com a legenda “Gilmar Mendes concedeu habeas corpus para Roger Abdelmassih, depois de sua condenação a 278 anos de prisão por 58 estupros” e escreveu: “Se um ministro do Supremo Tribunal Federal faz isso… Nem sei o que esperar”.

Por meio de sua assessoria de imprensa, Monica afirma que não houve qualquer tipo de ofensa ao ministro e que vai recorrer da decisão.

“Mas sim a expressão de uma opinião sobre um fato público a respeito do julgamento de um médico que chocou o país. Médico acusado e condenado por ter abusado sexualmente de dezenas de suas pacientes”, diz o comunicado.

Acompanhe Pragmatismo Político no Twitter e no Facebook

Recomendações

COMENTÁRIOS