Redação Pragmatismo
Racismo não 14/Out/2016 às 10:08 COMENTÁRIOS
Racismo não

Imagens históricas revelam o racismo nos EUA na década de 1950

Publicado em 14 Out, 2016 às 10h08

Série histórica de fotos tiradas por um dos mais importantes fotógrafos do século XX escancara o racismo nos EUA da década de 1950

Geovana Almeida, Ação de Mídia

Se o ano de 1956 pode hoje parecer distante e superado, na grande perspectiva da história é como se ele tivesse acontecido ontem.

Impressiona, entristece e assusta lembrar que, numa época tão recente um país como os EUA, hoje presidido por Barack Obama, ainda possuía diversos estados em que a segregação racial era oficial.

As fotos exibidas aqui foram tiradas pelo norte-americano Gordon Parks, um dos mais importantes fotógrafos do século 20. O ensaio, batizado The Restraints: Open and Hidden (algo como Os Restringidos: Aberto e Escondido) acompanha a vida de três famílias da cidade de Mobile, no estado do Alabama, em 1956 – ilustrando a rotina de uma cidade separada entre brancos e negros. As fotos foram redescobertas em 2012, seis anos após a morte de Parks, e assombram pela beleza e força, assim como pelo horror que retratam.

Bastante focado em registrar a questão racial, a pobreza em seu país, a luta pelos direitos civis e a vida urbana, Gordon Parks não só foi um grande ativista e fotógrafo (tornando-se o primeiro negro a trabalhar para a revista Life), como também foi um celebrado compositor, autor e cineasta. Vale a pesquisa sobre sua obra em geral, assim como assistir ao filme Shaft, dirigido por Parks, e ouvir sua maravilhosa trilha sonora, composta por Issac Hayes e lançada em disco homônimo.

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Olhar para trás e conhecer a história é gesto fundamental para compreender os efeitos de um passado atroz sobre um presente tão ainda cheio de injustiças e desigualdades. Ainda que as conquistas do movimento negro sejam importantes e evidentes em diversos aspectos – fazendo do mundo um lugar um pouco mais justo – o tamanho da luta ainda pela frente é proporcional ao horror que há muito pouco tempo era a realidade dessa questão – não só nos EUA, como aqui e em todo mundo.

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