Redação Pragmatismo
Barbárie 14/Out/2016 às 12:07 COMENTÁRIOS
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Homem que agride covardemente um morador de rua revolta a internet

Publicado em 14 Out, 2016 às 12h07

Vídeo de brasileiro engravatado agredindo morador de rua em plena luz do dia viraliza e vai parar no New York Post. Jornalista acredita que agressor é "a cara do Brasil de hoje". Flagrante foi registrado por um motorista do Uber

homem agride morador de rua vídeo

Um vídeo que flagra um homem de terno chutando diversas vezes um morador de rua no centro de São Paulo, em plena luz do dia, revoltou usuários das redes sociais.

A agressão foi filmada pelo motorista do Uber Maicon Campos na última sexta-feira (7), por volta das 11h30 da manhã. O vídeo de apenas sete segundos foi gravado quando o motorista estava com o carro estacionado na Rua Joaquim Gustavo, na região da República.

“Quando olho para o lado dois caras começam a chutar um morador de rua sem ele se quer fazer nada”, relatou Campos no Facebook. “Quando saí do carro para falar, eles saíram andando. Inacreditável.”

De acordo com Maicon, os três homens se aproximaram do morador de rua e começaram a mexer com ele. Ele diz que o homem de camisa azul foi o primeiro a agredir o mendigo e, então, ele decidiu registrar com o celular, mas conseguiu gravar apenas outro, de terno, chutando o morador de rua que aparentava estar dormindo.

VEJA TAMBÉM: As cidades que odeiam seres humanos

Ainda segundo o relato, ele chegou a denunciar a agressão para um policial militar, que disse que não poderia fazer nada porque não não havia flagrado o ato. Maicon também não conseguiu fazer boletim de ocorrência porque não possuía todas as informações.

“A cara do Brasil”

Para o jornalista Kiko Nogueira, a cara do Brasil, hoje, é a do homem que chutou o morador de rua no chão.

“A cara do Brasil é a do canalha que chutou o mendigo na rua do centro de São Paulo. O vídeo da ignomínia viralizou. Foi parar, por exemplo, no tabloide New York Post, o sétimo jornal mais lido dos EUA”, diz.

“O monstro que chutou o sem teto e a inação dos circunstantes formam o retrato do que nos tornamos. O lugar onde velhinhos carregam cartazes perguntando “por que não mataram todos em 64?. Onde manifestantes fazem bonecos de de ‘inimigos’ tendo a cabeça cortada em guilhotinas. Onde ciclistas são espancados por malucos que querem “a Paulista de volta”, acrescenta.

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