Redação Pragmatismo
Mídia desonesta 09/Set/2016 às 16:30 COMENTÁRIOS
Mídia desonesta

Reinaldo Azevedo reclama de sua frase no cartaz de Aquarius

Publicado em 09 Set, 2016 às 16h30

Cartaz de Aquarius deixa Reinaldo Azevedo transtornado. Diretor do filme ironizou a reação do blogueiro da Veja, que pede boicote à película

Reinaldo Azevedo reclama cartaz de Aquarius

O pedido de boicote ao longa “Aquarius” encampado pelo jornalista Reinaldo Azevedo foi parar justamente… num cartaz de divulgação do filme.

A frase é a seguinte: “O dever das pessoas de bem é boicotar ‘Aquarius’”. A produção a pinçou de um dos textos de Azevedo, publicado em seu blog no site da revista “Veja”, e a reproduziu em meio a três críticas elogiosas.

“A ironia é um instrumento muito importante”, disse o diretor Kleber Mendonça Filho ao jornal Folha de S.Paulo. “Reinaldo tem uma linha distante do que a gente acredita, do ponto de vista de sociedade e democracia. O chamado dele para boicote é uma grande coisa.”

Em maio, após o ato anti-impeachment feito pela equipe do filme no Festival de Cannes, Azevedo escreveu que “as pessoas com vergonha na cara e amor à verdade” não deveriam assistir à produção.

Kleber lembra que o mesmo tipo de chiste irônico já foi usado antes no meio cinematográfico: um pôster de “Estrada Perdida” (1997), de David Lynch, estampava orgulhosamente os famosos “dois polegares para baixo” dos críticos americanos Gene Siskel e Roger Ebert.

“Achei que Reinaldo poderia ver como senso de humor”, afirmou o cineasta. Azevedo, porém, não viu assim. “O cara está tentando me usar”, disse Reinaldo, que ainda chamou o diretor de ‘petralha’.

Grave transtorno psiquiátrico

Para o jornalista Paulo Nogueira, contemporâneo de Azevedo no jornalismo, o caso do cartaz do filme Aquarius é a prova de que o blogueiro da Veja sofre de transtornos psiquiátricos.

“Um homem equilibrado e sensato teria fingido não ter visto. Sabe quando você é criança e percebe que tentam colocar em você um apelido que você detesta? Finja que não liga. Azevedo fez o contrário. Saiu berrando não uma, mas duas vezes. Primeiro contra o diretor do filme, e depois contra um repórter da Ilustrada que escreveu sobre o episódio”, disse Nogueira, que é fundador do portal DCM.

“Ele é extraordinariamente inseguro, frágil. Precisa de auto-reafirmações ininterruptamente. Azevedo era um jornalista de segunda linha, sem nenhuma posição de destaque nas redações pelas quais passou”, continuou.

Nogueira afirma que gente como Reinaldo Azevedo só começou a ganhar espaço depois que os donos da mídia se propuseram a alavancar os jornalistas ‘cães raivosos’.

“As coisas mudaram para ele [Azevedo] quando os barões da mídia começam a buscar não gente brilhante, capaz de fazer peças jornalísticas incríveis — mas fâmulos cuja missão é atacar todos os dias Lula, Dilma e o PT. Azevedo é exatamente um fâmulo. Não é algo que faça você se sentir exatamente um mestre do jornalismo. Servir cegamente aos patrões, e à plutocracia, não é sequer jornalismo.”, concluiu.

com informações de Folhapress

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