Redação Pragmatismo
Esporte 23/Ago/2016 às 10:52 COMENTÁRIOS
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Maior medalhista olímpico atribui sucesso a programa criado por Lula

Publicado em 23 Ago, 2016 às 10h52

Na Globo, em pleno Jornal Nacional, Isaquías Queiroz, maior medalhista olímpico brasileiro, afirmou que o 'Segundo Tempo' – programa criado por Lula como instrumento de inclusão social por meio do esporte – foi fundamental para as suas conquistas nos Jogos do Rio

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A Globo, que há vários anos lidera uma campanha contra Lula, viu esta semana dois heróis olímpicos brasileiros atribuírem seu sucesso a um programa lançado pelo ex-presidente em seu primeiro mandato: o Segundo Tempo.

Na edição do Jornal Nacional, a apresentadora Renata Vasconcellos quis saber como os dois atletas, Isaquias Queiroz, nascido em Ubaitaba (BA), e Erlon Silva, de Ubatã (BA), começaram a praticar um esporte tão pouco conhecido, a canoagem, mesmo longe dos centros mais desenvolvidos do País.

“A gente começou com um programa do governo federal, o Segundo Tempo, que tinha vôlei, futebol e canoagem. Como eu gostava de água, fui para a canoagem”, disse Erlon.

“Mesma coisa, foi no Segundo Tempo, um programa do governo federal e do Ministério do Esporte”, disse Isaquias, que fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a conquistar três medalhas numa mesma edição de Olimpíada.

O Segundo Tempo foi lançado pelo governo Lula em abril de 2003, apenas no quarto mês de mandato, como um instrumento de inclusão social. Naquele momento, o Brasil nem sonhava em sediar as Olimpíadas – direito conquistado apenas em 2009.

Em 2003, quando o Segundo Tempo começou, Erlon tinha apenas 12 anos. Isaquias, por sua vez, tinha 9. Nenhum dois dois poderia imaginar que chegaria tão longe.

Obstáculos e superação

A história de Isaquias é repleta de superação. O canoísta de 22 anos precisou atravessar uma série de obstáculos até a participação vitoriosa nos Jogos do Rio.

Aos três anos, ele sofreu um acidente com água fervente. Uma jovem que cuidava de Isaquias enquanto a mãe trabalhava como servente na rodoviária havia colocado água para ferver, a panela virou e atingiu a criança.

Com graves queimaduras, Isaquias passou um mês internado e quase foi desenganado pelos médicos, mas acabou se recuperando.

Leia também: Governo Temer corta bolsas de medalhistas olímpicos

O pai de Isaquias morreu quando ele tinha apenas dois anos, e a mãe, Dilma, cuidava dele e de outros nove irmãos e irmãs (cinco biológicos e quatro adotados). Ao trabalhar, ela às vezes deixava as crianças trancadas em casa.

Um dia, Dilma foi chamada no trabalho porque Isaquias estava sumido. Ficou preocupada porque uma mulher já havia ameaçado levar o menino, que foi encontrado depois, sozinho e chorando, em uma roça de cacau.

Em 2004, aos dez anos, um ano antes de começar a praticar canoagem, Isaquias tentou escalar uma mangueira para ver uma cobra morta. Desequilibrou-se e caiu de costas sobre uma pedra.

Com hemorragia interna, o menino precisou ser internado em UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e teve um dos rins retirados, o que lhe obriga hoje a ingerir muito mais água do que o normal. O fato também fez nascer o “Sem-Rim”, como passou a ser chamado na cidade.

Relembre. O dia em que o Brasil ganhou a disputa para sediar a Olimpíada:

com informações de BBC e 247

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