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Corrupção 22/Jul/2016 às 15:34 COMENTÁRIOS
Corrupção

Diretor da Fiesp que deve R$ 6,9 bilhões aos cofres públicos renuncia ao cargo

Publicado em 22 Jul, 2016 às 15h34

Saiu, mas não pagou o pato: Diretor da Fiesp renuncia ao cargo e não paga dívida. Laodse de Abreu, já apelidado de “o maior caloteiro do Brasil”, deve R$ 6,9 bilhões aos cofres públicos. Embora o assunto tenha ganhado repercussão nacional, a Fiesp disse que não “faz pré-julgamentos sobre casos que estão na esfera judicial”

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A Fiesp foi a principal financiadora do impeachment de Dilma Rousseff (Imagem: Pato da Fiesp em frente ao prédio da Federação, em São Paulo)

Revista Fórum

O empresário Laodse de Abreu renunciou ao cargo de diretor da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quarta-feira (20).

Embora tenha deixado o cargo da organização responsável pela campanha “Não vou pagar o pato”, utilizada principalmente em manifestações “contra a corrupção” e pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, o empresário não se retratou publicamente e nem sinalizou se vai pagar a dívida de R$ 6,9 bilhões que o transforma em “o maior caloteiro do Brasil”.

O valor é maior que a dívida dos governos da Bahia, Pernambuco e outros 16 estados. Laodse, inclusive, responde a um processo por crime contra a ordem tributária.

Ele adquiriu essa dívida devido à má gestão de um grupo empresarial familiar que administrava ao lado de dois irmãos, Luce Leo e Luiz Lian. Na nota, a Fiesp diz que ele está “contestando os débitos na Justiça”.

Embora o assunto tenha sido repercutido nos principais veículos da imprensa brasileira, a Fiesp disse que não “faz pré-julgamentos sobre casos que estão na esfera judicial”.

O curioso é que a mesma instituição encabeçou o processo de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff mesmo sem apontar quais crimes que ela supostamente tenha cometido. Em uma entrevista de março deste ano, o presidente da Fiesp Paulo Skaf disse que Dilma deveria ser destítuída do cargo pelo “conjunto dos fatos”.

VEJA TAMBÉM: Diretor da Fiesp é desmoralizado ao tentar defender impeachment na Europa

“Eu não vou entrar em detalhes porque nós não estamos em um julgamento. Mas pelo conjunto dos fatos, se você somar as circunstâncias que nós estamos, e o conjunto dos fatos ocorridos, e tudo isso que nós assistimos, certamente, por muito menos, por 1% disso, muitos governantes do mundo ou renunciam ou, alguns, até chegam a se suicidar”, disse, na ocasião.

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