Redação Pragmatismo
Mulheres violadas 01/Jul/2016 às 16:56 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Agressor de Luiza Brunet se pronuncia sobre 'surra' e lamenta exposição do caso

Publicado em 01 Jul, 2016 às 16h56

Acusado de espancar e quebrar quatro costelas de Luiza Brunet a base de socos e chutes, empresário Lírio Parisotto se defendeu e lamentou a exposição de um episódio que considera "íntimo". Personalidades prestaram solidariedade à atriz

Lírio Parisotto Luiza Brunet agredida
(Imagem: Lírio Parisotto e Luiza Brunet)

Ex-namorado de Luiza Brunet, o empresário Lírio Parisotto comentou, em nota à imprensa e em um post na internet, o episódio de agressão relatado pela atriz nesta sexta-feira (1º). Ele afirmou que nunca agrediu homem ou mulher e lamentou a exposição de um episódio que considera “íntimo”.

Na nota, ele disse que lamenta a exposição de “versões distorcidas sobre um episódio ocorrido na intimidade”, embora compreenda a natural repercussão, dadas as pessoas envolvidas. O empresário afirmou ainda ter convicção de que “nos momentos e nas esferas legais apropriadas, todas as circunstâncias serão plenamente esclarecidas”.

Em seu Instagram, o empresário disse que nunca agrediu homem ou mulher. “Nunca na vida agredi homem, muito menos mulher que respeito muito, quem me conhece sabe. Isto não me tira o direito de me defender de tentativas de agressão através de tapas, chutes, mordidas, unhadas etc… Tento me defender através da imobilização. Se o caso for para a justiça será lá que será esclarecida a verdade […]”.

Solidariedade

Alguns famosos foram às redes sociais para manifestar seu repúdio ao episódio de agressão envolvendo Luiza Brunet.

A atriz Cris Vianna, que já foi vítima de racismo na internet, publicou a seguinte mensagem: “Ela está certíssima; tem que denunciar qualquer tipo de agressão contra as mulheres. Parabéns @luizabrunet pela coragem!”.

Confira outras manifestações:

Não costumo usar o Insta para assuntos da pauta jornalística; mas hoje é preciso. Todo apoio a Luiza Brunet que, como ela mesma diz, aos 54 anos passou por essa situação absurda da agressão, mas superou a vergonha (maior barreira de toda vítima) e denunciou o covarde ciumento! Abraçaço e meu orgulho por saber que você é muito mais forte do que pensava!” — Astrid Fontenelle, apresentadora.

A coisa mais difícil é a decisão de agir, o resto é apenas tenacidade. Meu total respeito, carinho e admiração por você, Luiza Brunet, mulher corajosa e guerreira“. — Maria Fernanda Cândido, atriz.

Luiza Brunet, querida! Parabéns pela sua atitude. Justamente sendo você uma pessoa pública e amada segue aos olhos de todas que foram e são espancadas como exemplo. Cadeia nesses #Bostas #Somosluizabrunet.” — Roberta Miranda, cantora.

Entenda o caso

Luiza Brunet contou em entrevista ao jornal “O Globo” que foi agredida pelo ex-namorado, o empresário Lírio Parisotto, no dia 21 de maio. A modelo e atriz afirmou ter dado entrada na representação da queixa no Ministério Público de São Paulo, com um laudo do IML.

O MP confirmou que há uma representação feita por Luiza, mas que ela corre em sigilo de Justiça.

Segundo Luiza, Lírio se exaltou durante um jantar, em Nova York, após ser perguntado se o casal iria a uma exposição de fotos. Ele respondeu que não queria ir pois, em outra ocasião, havia sido confundido com o ex-marido da atriz.

“Fui para Nova York acompanhá-lo para o evento Homem do Ano. Saímos do restaurante e pegamos um Uber. Ao chegar ao apartamento, ele me deixou dentro do carro e subiu”, disse ela.

Em seguida, quando Luiza chegou ao apartamento, ela começou a ser agredida por Lírio enquanto estava sentada. De acordo com ela, o empresário desferiu um soco em seu olho, seguido de vários chutes, e a imobilizou, quebrando quatro costelas delas. A atriz ameaçou gritar por ajuda e conseguiu se desvencilhar. Ela se trancou no quarto e só saiu de lá no dia seguinte, quando voltou ao Brasil.

“Eu sempre tive uma família estruturada e sempre fui discreta em minha vida pessoal. É doloroso aos 54 anos ter que me expor dessa maneira”, afirmou Luiza. “Mas eu criei coragem, perdi o medo e a vergonha por causa da situação que nós, mulheres, vivemos no Brasil. É um desrespeito em relação à gente. O que mais nos inibe é a vergonha. Há mulheres com necessidade de ficar ao lado do agressor por questões econômicas, porque está acostumada ou mesmo por achar que a relação vai melhorar”, concluiu.

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