Redação Pragmatismo
Corrupção 06/Mai/2016 às 12:18 COMENTÁRIOS
Corrupção

Michel Temer pode se tornar o 1º presidente ficha-suja do Brasil

Publicado em 06 Mai, 2016 às 12h18

Caso assuma o Poder nos próximos dias, Michel Temer será o primeiro presidente ficha-suja da história do Brasil

Michel Temer ficha suja Brasil
Promotora eleitoraldiz que Temer pode se tornar primeiro presidente ficha-suja do Brasil (Imagem: Pedro Kirilos/Ag. O Globo)

Consumado o impeachment de Dilma Rousseff, Michel Temer assumirá o Poder e se tornará no primeiro presidente ficha-suja do Brasil depois que o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE­-SP) o condenou na última terça-­feira por uma infração na campanha de 2014.

A condenação não impede o pemedebista de asseumir a Presidência, segundo a promotora eleitoral Cláudia Ferreira Mac Dowell, mas o torna inelegível nas próximas quatro eleições.

SAIBA MAIS: Michel Temer é ficha suja e está inelegível por 8 anos

“Houve uma infração eleitoral que o próprio Temer em momento algum contestou. Ele pode assumir a Presidência, mas fica numa situação inédita ao eventualmente ser, a partir da decisão do Senado sobre o impeachment de Dilma [Rousseff] na semana que vem, o primeiro presidente fich-a­suja da história do país, impedido de concorrer a qualquer cargo público nos próximos oito anos”, explicou Cláudia.

Por meio de sua assessoria, Temer afirmou que em nenhum momento foi declarado inelegível pelo tribunal. “Só a Justiça pode declarar alguém inelegível. Qualquer manifestação neste sentido é especulação e precipitação”, disse o pemedebista na nota. O argumento, no entanto, foi rechaçado pela promotora. “O tribunal não precisa declarar a inelegibilidade de alguém. A lei já determina”, disse Cláudia.

A promotora se refere a Lei das Inelegibilidades, assinada em 1990 pelo então presidente e hoje senador Fernando Collor (PTB-­AL), que depois foi alterada pela chamada Lei da Ficha Limpa em 2010. Ela ressalta que o art. 1º, inciso I, informa que se tornam inelegíveis por 8 anos as pessoas físicas que fizerem doações eleitorais em desacordo com a lei.

informações de Valor Econômico

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