Redação Pragmatismo
Impeachment 24/Mai/2016 às 17:40 COMENTÁRIOS
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Após áudios de Jucá, principais jornais do mundo falam em “golpe” no Brasil

Publicado em 24 Mai, 2016 às 17h40

Conteúdo dos áudios de Romero Jucá estimulam a mídia internacional a reforçar que o atual processo em curso no Brasil se trata de um golpe. Confira como reagiram veículos como o The New York Times, The Independent, The Guardian e The Intercept

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As principais publicações internacionais destacaram o escândalo da conversa gravada entre o ex-ministro do Planejamento Romero Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado sugerindo uma ofensiva contra Dilma Rousseff como única maneira de deter investigações sobre corrupção da Lava Jato.

O jornal britânico The Guardian afirmou que a queda do ministro Romero Jucá e a revelação de uma “trama maquiavélica” para derrubar o governo Dilma Rousseff abalaram a credibilidade do governo de Michel Temer.

“A credibilidade do governo interino foi abalada na segunda-feira quando um ministro foi forçado a se afastar em meio a revelações sobre a trama maquiávelica para levar ao impeachment da presidente Dilma Rousseff”.

O Guardian diz que “as motivações dúbias e natureza maquiavélica da trama para retirar Dilma Rousseff do poder ficam aparentes na transcrição da conversa”.

Afirma ainda que este não deve ser o “último golpe” contra Michel Temer, já que seu gabinete inclui “sete ministros implicados na Lava Jato.”

A publicação diz também que o governo interino, até o momento, mostrou “poucos sinais de reduzir a tensão e restaurar a credibilidade” no país.

“Seu gabinete todo branco e todo masculino foi duramente criticado por não ser representativo do país, suas medidas de austeridade são impopulares e seu líder já voltou atrás da decisão de tirar da Cultura o status de ministério após protestos de artistas, músicos e cineastas.”

Para o The New York Times, as novas acusações aumentam os questionamentos sobre o que estaria por trás do impeachment de Dilma Rousseff: ‘As gravações, de uma conversa em março, sugerem que o Sr. Jucá entrou com um acordo com o objetivo de impedir e possivelmente até mesmo parar a investigação da Lava Jato. Sugere ainda que o impeachment doi parte do plano’, destaca o NYT.

O jornal britânico The Independent destacou um trecho da gravação de Romero Jucá em que fala de um suposto apoio militar e do Supremo Tribunal Federal no golpe contra Dilma Rousseff.

Segundo a publicação, qualquer noção de conivência com os militares para derrubar um presidente vai se espalhar como um alarme entre os brasileiros que não se esqueceram do longo período de ditadura militar.

Já o norte-americano The Intercept sustenta que a divulgação das conversas do ministro do Planejamento do governo interino de Michel Temer, Romero Jucá (PMDB-PR), “acendem uma luz” sobre os reais motivos e agentes do processo de impeachment contra a presidente brasileira, Dilma Rousseff, e devem levar toda a imprensa a considerar o uso da palavra “golpe” na cobertura sobre o caso.

“Um golpe parece, soa e cheira exatamente como esta recém revelada conspiração: assegurando a cooperação dos militares e das instituições mais poderosas para remover uma presidente democraticamente eleita por motivos egoístas, corruptos e ilegais, para então impor uma agenda a serviço das oligarquias e rejeitada pela população”, afirma

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