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Contra o Preconceito 26/Abr/2016 às 17:22 COMENTÁRIOS
Contra o Preconceito

Julianne Moore agradece a Ellen Page por aprendizados sobre sexualidade

Publicado em 26 Abr, 2016 às 17h22

“Nunca tive de esconder minha sexualidade. Nós, que vivemos abertamente, não temos ideia de como pode ser penoso ter de esconder sua natureza. Pode parecer banal dizer uma coisa dessas, mas só quem já precisou esconder-se sabe o que representa o alívio de ser quem se é, sem entraves nem barreiras”

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Julianne Moore e Ellen Page (reprodução)

Amor Por Direito, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas brasileiros, conta a história do relacionamento entre a policial de New Jersey Laurel Hester (Julianne Moore) e a mecânica Stacie Andree (Ellen Page).

Tudo começa a desmoronar quando Laurel é diagnosticada com uma doença terminal e ela decide que sua companheira Stacie receba os benefícios de sua pensão após a sua morte. E aí entra o Estado para se recusar a reconhecer o relacionamento das delas…

Em entrevista ao jornalista Luiz Carlos Merten, do Estadão, Julianne Moore agradece pelos aprendizados que teve com a atriz Ellen Page durante as gravações:

Nunca tive de esconder minha sexualidade. Nós, que vivemos abertamente, não temos ideia de como pode ser penoso ter de esconder sua natureza. Conversei muito com Ellen sobre assuntos de sexo. Sua honestidade e sinceridade me serviram de inspiração. Pode parecer banal dizer uma coisa dessas, mas só quem já precisou esconder-se sabe o que representa o alívio de ser quem se é, sem entraves nem barreiras. A própria Ellen me dizia que teria sido muito mais exaustivo, do ponto de vista emocional, interpretar Stacie se ainda estivesse no armário”, conta a atriz.


Quando começamos a fazer o filme, o Supremo (dos EUA) ainda não havia estabelecido jurisprudência sobre uniões estáveis de homossexuais. Tenho amigos que dizem que o cinema pode mudar o mundo. Não creio que o poder seja tão grande, mas a gente pode, com certeza, influenciar pessoas e refletir sobre movimentos de transformação social”, lembra.

Julianne tem um último pedido: “Não é justo que homossexuais continuem sendo penalizados, sem direito de amar e expressar seu amor”.

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