Redação Pragmatismo
Religião 23/Fev/2016 às 16:36 COMENTÁRIOS
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“Bandido bom é bandido morto”? O Papa Francisco discorda

Publicado em 23 Fev, 2016 às 16h36

Papa Francisco contraria os “cidadãos de bem” que defendem a tese do “bandido bom é bandido morto”. Pontífice pediu uma proibição mundial da pena de morte: “O mandamento Não Matarás se aplica a inocentes e culpados”

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O papa Francisco pediu neste domingo (21) para uma proibição mundial da pena de morte, afirmando que o mandamento “Não Matarás” é válido tanto para os culpados quanto para os inocentes.

Eu apelo à consciência daqueles que governam para que se chegue a um consenso internacional que leve à abolição da pena de morte”, disse o papa a dezenas de milhares de pessoas reunidas na praça São Pedro.

Usando algumas palavras fortes contra a punição capital, Francisco ainda conclamou políticos católicos de todo o planeta a “darem um exemplo corajoso” para a interrupção de qualquer execução durante o Jubileu da Misericórdia, que se encerra em novembro.

O mandamento ‘Não Matarás’ tem valor absoluto e se aplica tanto para o inocente quanto ao culpado”, afirmou Francisco ao fiéis presentes. O papa adicionou que há agora “uma oposição crescente contra a pena de morte até mesmo em legítima defesa da sociedade”.

Eficiência reprime o crime sem definitivamente negar à pessoa que o cometeu a possibilidade de se reabilitar”, concluiu Francisco.

Os comentários do papa aconteceram às vésperas de uma conferência em Roma que começou nesta segunda-feira (22), e que trata de paz e Justiça no mundo todo.

Por séculos, a Igreja Católica os seus 1,2 bilhão de membros aceitaram a pena de morte em casos extremos, mas a posição começou a mudar a partir do papado de João Paulo II, que morreu em 2005.

Em sua visita recente ao México, o papa Francisco pediu melhores condições nas prisões que visitou no país. No passado, ele já defendeu que “até mesmo aos criminosos mais perigosos” deve ser dada a oportunidade de se regenerar.

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Todos os cristãos e homens de boa fé estão convocados para trabalharem não só na abolição da pena de morte, mas também na melhora das condições das cadeias, respeitando a dignidade humana das pessoas que tiveram a sua liberdade retirada”, comentou.

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