Redação Pragmatismo
Corrupção 25/Nov/2015 às 19:15 COMENTÁRIOS
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A nota oficial do PT sobre a prisão de Delcídio Amaral

Publicado em 25 Nov, 2015 às 19h15

Partido dos Trabalhadores nega solidariedade ao senador Delcídio Amaral em nota oficial assinada pelo presidente da sigla, Rui Falcão. Confira a íntegra

Delcídio Amaral senador PT
O senador Delcídio Amaral (divulgação)

Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira (25), o presidente nacional do PT, Rui Falcão, nega solidariedade ao senador Delcídio do Amaral (MS), preso na manhã de hoje.

O petista foi preso sob a acusação de tentar obstruir as investigações da Operação Lava Jato. Confira aqui o áudio que o ministro do STF Teori Zavascki usou para justificar a prisão de Delcídio.

Delcídio Amaral foi filiado ao PSDB entre 1998 e 2001. Durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso, dirigiu o setor de Gás e Energia da Petrobrás, quando trabalhou com Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa, dois dos delatores da Operação Lava Jato. Cerveró era o segundo homem na hierarquia da direção de Gás e Energia, atrás apenas de Delcídio.

Em 2001 migra do PSDB para o PT e é eleito senador pelo partido em 2002.

Veja a íntegra da nota lançada pelo PT nesta quarta-feira sobre a prisão de Delcídio:

NOTA OFICIAL DO PT

O presidente Nacional do PT, perplexo com os fatos que ensejaram a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de ordenar a prisão do Senador Delcídio do Amaral, tem a dizer o seguinte:

1- Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador tem qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado;

2- Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade;

3- A presidência do PT convocará, em curto espaço de tempo, reunião da Comissão Executiva Nacional para adotar medidas que a direção partidária julgar cabíveis.

Brasília, 25 de novembro de 2015.

Rui Falcão

Presidente Nacional do PT

O PSOL também publicou uma nota para tratar do episódio. Leia abaixo:

NOTA OFICIAL DO PSOL

As prisões do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, e do banqueiro André Esteves, do banco BTG Pactual, baseiam-se na gravíssima acusação de que agiram para interferir nas investigações da Lava Jato. Trata-se de um escândalo nacional que deve ser apurado e investigado até as últimas consequências, respeitadas as garantias constitucionais.

A denúncia, lastreada em gravações apresentadas pelo relator dos processos da Lava Jato no STF, Teori Zvascki, revelou que o senador Delcídio, em conluio com o banqueiro Esteves, teria oferecido o pagamento de uma mesada de R$ 50 mil e um plano de fuga do país para o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró; tudo para que este não fechasse acordo de delação premiada. O fato é tão grave que, pela primeira vez na história do país, resultou na prisão de um senador em pleno exercício do mandato.

Apoiamos o aprofundamento das investigações, na expectativa de que sejam levadas até o fim, sem qualquer diferenciação entre os acusados, tendo prerrogativa de foro ou não.

Bancada do PSOL na Câmara dos Deputados

Chico Alencar (Líder)
Jean Wyllys (Vice-Líder)
Edmilson Rodrigues
Glauber Braga
Ivan Valente

Brasília, 25 de novembro de 2015.

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