Redação Pragmatismo
Política 11/Ago/2015 às 15:19 COMENTÁRIOS
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Malafaia diz que postura de Marina Silva sobre impeachment é 'vergonhosa'

Publicado em 11 Ago, 2015 às 15h19

Depois de apoiá-la no primeiro turno das eleições de 2014, Silas Malafaia está irritado com Marina Silva. O pastor bateu na ex-presidenciável por causa de sua postura a respeito do impeachment de Dilma Rousseff

Malafaia Marina Silva impeachment

Questionada pela Folha de S.Paulo sobre as manifestações que pedirão o impeachment da presidente Dilma Rousseff no próximo dia 16, Marina Silva criticou aqueles que agem para agravar a crise.

A ex-senadora considera que quem age com oportunismo diante de um cenário político delicado está contribuindo para destruir as instituições brasilerias.

“Esse protesto não pode antecipar o que a Justiça ainda não concluiu. Uma coisa é o que a sociedade pauta, outra é o que as lideranças políticas têm que ponderar. Alguns políticos estão tentando instrumentalizar a crise, em vez de resolvê-la. Na democracia, não se resolve a crise passando por cima do processo constitucional”, disse Marina.

Marina, que defende o direito de a sociedade se manifestar nas ruas, diz que paga um preço por ser ponderada e não apoiar o impeachment de Dilma.

“Eu tenho [uma postura ponderada] e pago o meu [preço]. Não estou fazendo isso porque quero agradar A ou B. É porque acho que é o certo. É muito fácil pensar que existe uma saída mirabolante”, afirmou.

Por não se posicionar a favor do afastamento da presidente, Marina já chegou a ser atacada por Silas Malafaia no Twitter.

malafaia marina silva

O pastor, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, apoiou Marina no primeiro turno das eleições presidenciais de 2014 após a então candidata recuar em texto do programa de partido sobre a questão LGBT. Na época, o recuo de Marina foi atribuído às pressões de Malafaia e da comunidade evangélica.

Incoerência

Malafaia tem utilizado as suas redes sociais quase que exclusivamente para exigir o afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Curiosamente, o pastor pede a permanência do presidente da Câmara e líder evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é um dos investigados na Operação Lava Jato e já foi citado em delação premiada como receptor de R$ 5 milhões em propina.

É salutar lembrar que Eduardo Cunha já estaria preso em Curitiba caso não fosse deputado, pois não teria o benefício do foro privilegiado.

SAIBA MAIS: Eduardo Cunha já era denunciado por receber propina há 15 anos

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