Redação Pragmatismo
Mulheres violadas 19/Jun/2015 às 12:37 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

“É falta de pau”, diz professor questionado por alunos sobre campanha machista

Publicado em 19 Jun, 2015 às 12h37

Professor afirma que discussão sobre machismo em publicidade é “falta de pau”. Docente pediu desculpas após declaração ser repudiada por alunos da faculdade: “Foi um lapso infeliz, ruído de comunicação que não poderia acontecer”

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Revista Fórum

O professor Pedro Murad, que leciona nas Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, causou repúdio entre os alunos ao fazer um comentário machista em um grupo do Facebook.

Em um dos posts, um estudante questionava, para um trabalho acadêmico, o que os demais pensavam sobre campanha publicitária da marca de esmaltes Risquè, que, quando lançada, no início do ano, foi alvo de protestos justamente por conter elementos machistas. “Eu sugeriria você colocar que isso é falta de sexo mesmo! (para não dizer falta de pau)”, respondeu Murad.

A declaração do docente provocou polêmica entre os alunos da faculdade. “Se debater comunicação é ‘falta de p…’, a vontade que dá é de largar a faculdade. E esse comentário machista tentando deslegitimar a fala dos alunos, como se a nossa vida girasse em torno de um pau, é mais imatura que de muitos alunos ali”, protestou uma aluna.

Ao portal G1, ele disse que “não foi uma ação do professor, foi da pessoa Pedro Murad”. “Foi um lapso infeliz, ruído de comunicação que não poderia acontecer”, explicou-se.

O Coletivo Feminista da Facha, Pagu, se posicionou sobre o episódio por meio de uma nota. “Estamos extremamente decepcionadas com tal afirmação, uma vez que, diante de uma pesquisa sobre desigualdade de gênero, o professor recorre aos mesmos recursos preconceituosos e justifica pela falta de falo a razão para tal questão. Senhor professor, as mulheres, portanto, estão inaptas biológicamente a serem respeitadas por si próprias, uma vez que não nasceram com tal “pau” que o senhor sugere? Precisamos de relações sexuais com o sexo masculino para, assim, não nos manifestarmos? “, contesta o texto.

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