Redação Pragmatismo
Lula 21/Mai/2015 às 12:28 COMENTÁRIOS
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Lula rebate críticas de FHC feitas no programa do PSDB

Publicado em 21 Mai, 2015 às 12h28

“Se FHC quiser falar de corrupção, precisaria contar a história de sua reeleição. Não teve no nosso mandato ‘engavetador’ no Ministério Público e não teve afastamento de delegado da Polícia Federal por investigar”, disse Lula. O ex-presidente tucano teceu duras críticas ao petista durante o programa partidário do PSDB, exibido na última terça-feira

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Lula rebateu críticas de FHC sobre corrupção (Pragmatismo Político)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu a declaração de seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso, que fez um pronunciamento exibido nas redes de televisão na última terça-feira no programa partidário do PSDB. A resposta de Lula foi feita na noite desta quarta-feira, 20, durante um evento para bancários, em São Paulo.

“Eu vi o programa do nosso opositor [FHC], eu fico triste, porque um homem que foi presidente da República, letrado como ele é, não tinha o direito de falar a bobagem que ele falou. Se ele queria falar sobre corrupção, ele deveria falar sobre a história da aprovação da emenda da reeleição no país.” A aprovação da emenda que possibilitou a reeleição no Brasil foi votada no primeiro mandato de Fernando Henrique, sob acusação de compra de votos e vista grossa do então procurador geral da República, Geraldo Brindeiro, que recebeu o apelido de engavetador-geral da República.

“Hoje não tem tapete pra esconder as sujeiras. Na época dele só tinha tapete. No nosso governo não tem ‘engavetador’ de processos no Ministério Público, de investigação, como tinha no dele. Não teve afastamento de delegado da Polícia Federal por investigar”, afirmou Lula sobre a propaganda política do PSDB, na qual Fernando Henrique Cardoso disse que “nunca se roubou tanto nesse país”.

VEJA TAMBÉM: Empresário tucano diz que “nunca se roubou tão pouco no Brasil”

Lula comentou as especulações que giram em torno da disputa para a Presidência da República em 2018. O ex-presidente não confirmou nem desmentiu a pretensão de concorrer ao cargo, mas afirmou estar assustado com a violência de seus adversários.

O ex-metalúrgico falou ainda sobre os ajustes na economia e os avanços durante as gestões do PT à frente do país.

“A presidente Dilma anunciou um ajuste. Todo mundo que fala do ajuste fiscal só fala das medidas provisórias. Mas isso é a menor parte, representa R$ 18 bilhões da economia. Só no ano passado foram desonerados R$ 114 milhões. Isso foi necessário para que chegássemos em dezembro com a menor taxa de desemprego do Brasil, 4,8%. Tivemos de subsidiar o Minha casa, Minha Vida para quem ganha até três salários mínimos poder ter sua casa. Esse povo é brasileiro. É preciso melhorar a vida dele. Nós fizemos isso”, afirmou.

“Então temos de fazer ajustes? Precisamos! Todos fazem ajuste em casa. Nenhum país do mundo vai para a frente com a descrença e mau humor que vivemos hoje. Essas pessoas que estão batendo panela hoje tem de entender que a Dilma foi eleita, então eles têm de aprender a esperar e votar no deles. E isso quem vos fala é a pessoa que perdeu muitas eleições”, ponderou.

“Os governos anteriores governavam para 35% da população. Nós mudamos isso enfrentando o dilema: o país tem de crescer para desenvolver ou para distribuir? Nós distribuímos. E todos querem ainda mais”, disse.

Guerra virtual

Durante a propaganda partidária do PSDB exibida na última terça-feira, internautas colocaram a hashtag #PSDBteuPassadoteCondena em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter e quinto lugar nos trending topics mundiais.

A mobilização exibiu notícias negativas sobre a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003) e de outros importantes quadros tucanos, como o senador Aécio Neves (MG). As privatizações e o escândalo do mensalão mineiro foram duas das mais lembradas.

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