Redação Pragmatismo
Barbárie 15/Mai/2015 às 11:31 COMENTÁRIOS
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Abandonados em alto-mar, imigrantes bebem urina para sobreviver

Publicado em 15 Mai, 2015 às 11h31

Imigrantes abandonados em alto-mar na Ásia bebem urina para sobreviver. Os imigrantes são da minoria muçulmana perseguida em Mianmar. Corpos de dez pessoas que morreram na embarcação foram lançados no oceano

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Imigrantes esperam por ajuda em águas tailandesas (AFP)

Cerca de 350 imigrantes da minoria muçulmana de rohingya, que é perseguida em Mianmar e vem tendo sua entrada negada na Tailândia, estão há uma semana em um barco abandonado no mar de Andaman.

Até esta quinta-feira (14), quando helicópteros tailandeses jogaram suprimentos perto da embarcação, os migrantes estavam sem água e comida, com alguns tendo recorrido à própria urina para ter o que beber.

Os corpos de dez pessoas que morreram na embarcação foram lançados ao mar, disseram os migrantes. Os migrantes relataram que a tripulação quebrou o motor do barco antes de abandoná-los à própria sorte.

Crise migratória

A crise migratória no sudeste asiático se intensificou desde que a Tailândia tornou mais rígidas suas regras de imigração. Uma repressão regional vem assustando os contrabandistas, que se recusam a levar as pessoas para a terra e abandonam seus barcos, deixando os migrantes à deriva.

Nos últimos dias, milhares foram resgatados em alto-mar pela Indonésia e pela Malásia. Outras pessoas chegam até a costa desses países a nado.

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Imigrantes Rohingya se alimentam de mantimentos atirados em alto mar por tropas tailandesas (AFP)

Isso não significa, no entanto, que esses governos estejam dispostos a receber os migrantes. A Organização Internacional de Migração acredita que 8.000 imigrantes de Bangladesh e de Mianmar estejam abandonados em alto mar na região.

Na terça (12), a Indonésia havia rebocado um barco com centenas de imigrantes para fora de suas águas territoriais,
seguindo uma decisão de um tribunal em Jacarta.

A Malásia, por sua vez, havia dito que só não rejeitaria barcos que estivessem afundando. “Não deixaremos nenhum barco estrangeiro atracar”, disse o primeiro-almirante da agência policial da Marinha da Malásia, Tan Kok Kwee.

informações de EBC, AFP e Agência Folha

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