Redação Pragmatismo
Racismo não 31/Mar/2015 às 09:16 COMENTÁRIOS
Racismo não

Roupa da Ku Klux Klan é usada em trote de medicina da Unesp

Publicado em 31 Mar, 2015 às 09h16

Alunos de Medicina da Unesp fazem trote com roupas do Ku Klux Klan. Páginas no Facebook denunciaram o episódio: “O racismo não é brincadeira. Se você acha isso engraçado, se você não vê problema nisso, você precisa seriamente rever sua inteligência”

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Imagem comparando a festa (duas superiores) com a seita (imagem inferior) foi compartilhada no Facebook

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu vai abrir investigação sobre a participação de alunos em uma festa da turma do 6º ano de medicina realizada no dia 5 de março, na qual veteranos receberam os calouros com roupas similares às da Ku Klux Klan, uma seita racista dos Estados Unidos que prega a supremacia branca e é famosa por atacar negros.

O tema veio à tona após imagens da festa serem divulgadas nas redes sociais. Com capas, gorros e tochas nas mãos, os estudantes vestiam roupas bem similares às da KKK, alterando apenas a cor, para preto.

Uma página que combate a opressão dento das faculdades de medicina publicou as fotos da festa comparando as imagens com reuniões da seita americana.

Imagens divulgadas no Facebook mostram os estudantes veteranos vestindo capas, gorros e com tochas nas mãos, observados pelos calouros. Apesar das capas pretas (a KKK usava roupas brancas), a fantasia revoltou usuários na internet e chegou até a direção da Faculdade de Medicina de Botucatu. “”Qual das três fotos representa festa da calourada dos estudantes da UNESP-Botucatu, com estudantes “fantasiados” de KKK? Qual das três fotos representa fascismo, ódio, tortura? Com a morte de centenas de milhares de pessoas não se brinca. O racismo não é brincadeira”, disse a página.

Em um dos comentários do texto, uma caloura disse que foi “apenas uma brincadeira”.

Uma comissão de apuração preliminar vai investigar a festa. Alunos da 48ª turma de medicina, responsáveis pela festa, disseram que a fantasia era de “carrasco”. Segundo eles, não houve prática preconceituosa, mas pediram desculpas pelo episódio.

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Terra Magazine

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