Redação Pragmatismo
Mundo 26/Mar/2015 às 10:29 COMENTÁRIOS
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Menina desiste de morrer após repercussão do seu pedido

Publicado em 26 Mar, 2015 às 10h29

Menina chilena que pediu autorização do governo do Chile para morrer diz ter mudado de opinião após repercussão de caso. Valentina Maureira tem 35 kg e sofre de uma doença grave

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Valentina Maureira, a adolescente chilena que sofre de fibrose cística e pediu para que a presidente Michelle Bachelet autorizasse sua eutanásia, afirmou que mudou de opinião devido à repercussão do caso.

Algumas pessoas fizeram com que eu mudasse minha forma de pensar“, disse a chilena de 14 anos ao jornal El Mercurio.

O pai de Valentina, Fredy Maureira, confirmou a informação para a agência de notícias Associated Press e falou de alguns casos que deram esperança à filha.

Apareceu uma família da Argentina, de Córdoba, que veio vê-la e que tinham três irmãos com fibrose cística que morreram, e outra filha que fez um transplante de pulmão no Brasil“, afirmou.

Segundo Maureira, sua família também ficou comovida com o caso de um jovem que sobreviveu à doença, vivendo mais do que 20 anos.

Vídeo e redes

De seu leito no hospital, Valentina gravou e publicou na internet um vídeo pedindo à presidente chilena, Michelle Bachelet, que autorizasse a aplicação de uma injeção letal. O vídeo fez tanto sucesso que a própria Bachelet foi visitar a adolescente.

Valentina sofre de fibrose cística, uma doença hereditária e degenerativa que afeta seus pulmões, fígado e pâncreas.

Não há uma cura para a doença que provoca o acúmulo de muco espesso nos pulmões, no tubo digestivo e em outras partes do corpo, provocando infecções que podem levar à morte.

Michael, irmão de Valentina, morreu aos seis anos de idade, em 1996.

São 14 anos de luta, todos os dias, e para minha família tem sido pior. Estou cansada de seguir lutando, porque vejo sempre o mesmo resultado. É muito cansativo“, disse Valentina em uma entrevista à BBC Mundo em fevereiro.

O Chile não permite a eutanásia nem o suicídio assistido e a jurisprudência no país dá pouca autonomia em termos de direitos aos pacientes.

BBC

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