Redação Pragmatismo
Racismo não 28/Jan/2015 às 17:43 COMENTÁRIOS
Racismo não

Pai salva filha que sofria racismo e bullying

Publicado em 28 Jan, 2015 às 17h43

Chocado e indignado, pai decidiu tomar satisfações após ver sua filha sendo chamada de “crioula” e de “gorda nojenta”

Bradley Knudson Pai racismo bullying

Você conhece alguém vítima de racismo e bullying? Uma triste realidade que uma criança pode vivenciar quando vai à escola é a existência do bullying. Ele acontece todos os dias e é um grande problema no mundo inteiro. Nos últimos anos, diversas campanhas foram iniciadas para promover o respeito mútuo nas salas de aula. No entanto, os bullies não atuam sempre da mesma forma.

Bradley Knudson, um pai no estado de Minnesota (EUA) descobriu que sua filha estava sendo abusada no Snapchat na véspera de Ano Novo — seus colegas de classe mandavam vídeos pelo aplicativo a chamando de “crioula” e de “gorda nojenta”. Ele não pôde ficar sentado ao ver isso, e foi tomar satisfações.

Primeiro, Knudson gravou os vídeos com outro celular, registrando os rostos dos bullies. Depois, foi ao colégio, onde obteve o endereço e o telefone da residência das crianças. Ele foi ao local, tocou a campainha, ligou para o telefone…e ninguém o atendeu. Bradley, então, teve que chamar a polícia, que forçou o pai das crianças racistas a estabelecer contato com eles. Esse pai – assim como seus filhos – zombou de Knudson e disse: “Qual é o problema em chamar sua filha de ‘crioula’? Eu fazia isso quando era criança por diversão.”

Claramente chocado e indignado, Bradley ainda foi vítima de perseguição desse pai, que deixou diversas provocações por mensagens de voz o chamando de “perdedor” e “amante de neguinha”. Nesse momento, Bradley sentiu, pela segurança da própria filha – pois soube de um filho de um casal amigo que se matou aos 13 anos por conta do bullying – que devia tomar uma medida mais séria.

Ele postou o vídeo abaixo no YouTube esse mês, que já conta com mais de 6 milhões de visualizações. No vídeo, ele explica toda a história, mostra o rosto das crianças racistas, a voz do pai racista, assim como o seu nome e a cidade onde ele vive.

As crianças foram repreendidas na escola desde o lançamento do vídeo. E o pai agressor foi demitido de seu emprego por usar linguagem imprópria direcionada à filha de Bradley, e por tentar intimidar o pai da vítima. A polícia continua a investigar e monitorar o caso.

Após o sucesso do vídeo, a família de Deron Puro, o pai racista, emitiu uma nota pedindo desculpas a todos os envolvidos e alegando que Deron é um alcoólatra viciado em remédios para dor. As crianças racistas tiveram que basicamente fugir da cidade devido ao grande número de ameaças de morte. A carta alega que Deron foi internado para tratar seu vício e que está profundamente arrependido.

Leia também: Crianças negras dos EUA são vistas como ameaças aos brancos

Esse é mais um caso que prova que a internet pode também ser usada para fazer justiça, e não só para trollar e intimidar pessoas. Bradley fez a coisa certa e expôs a família racista, que agora é alvo do repúdio de todos que assistiram ao vídeo.

Que isso sirva de exemplo para aqueles que sentem ódio das diferenças. Caso os abusos não parem através de atitudes e conversas civilizadas, essas pessoas merecem então ser expostas, punidas e rejeitadas pela sociedade. Só assim elas saberão – sentindo na pele – o que é ser vítima de preconceito.

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Macaco Velho

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